Gerenciamento de equipamentos médico-assistenciais na expansão da atenção secundária à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marques, Paulo Leonardo Ponte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/119550
Resumo: Os equipamentos médico-assistenciais são ferramentas tecnológicas essenciais para o apoio diagnóstico em diversas instâncias da prestação de serviços no Sistema Único de Saúde. Na atenção secundária à saúde, têm sido incorporados em estabelecimentos de saúde especializados na tentativa de suprir as necessidades regionais. A utilização desses equipamentos deve estar ancorada em estruturas gerenciadas a partir de estratégias operacionais que instrumentalizem o cuidado integral. Esta tese teve por objetivo analisar o gerenciamento de equipamentos médico-assistenciais em policlínicas, unidades de atenção secundária, distribuídas nas regiões de saúde doestado do Ceará, Brasil. O cenário foi constituído por policlínicas regionais, implantadas nas regiões de saúde do estado para expandir o acesso a serviços especializados. Para explorar os domínios do gerenciamento de equipamentos foram utilizados multimétodos, com coleta de dados nos anos de 2017 e 2018, e apresentação de perspectivas exploratórias do objeto por meio de quatro artigos originais. A construção envolveu aspectos descritivos com estudo de caso para caracterização e análise do perfil físico-funcional das policlínicas; entrevistas com diretores; e utilização de dados secundários para análise de tendência da implantação de equipamentos e da capacidade produtiva. Os resultados apontaram que a expansão da atenção secundária possibilitou a implantação de equipamentos de grande porte em várias regiões de saúde; que as características técnicas e operacionais apontam para fragilidades no gerenciamento tecnológico diante de uma racionalidade limitada; que o quantitativo de exames diagnósticos aumentou durante o programa de expansão, mas aponta para um desempenho abaixo do esperado, quando comparado ao processo de implantação; e que apesar do avanço na incorporação de equipamentos disponíveis no sistema de saúde a tendência é de declínio na incorporação de novos equipamentos médico-assistenciais. Apesar da expansão regional da atenção secundária ter contribuído para melhoria do acesso da população á atenção especializada após anos de implantação, o gerenciamento dos serviços com equipamentos médico-assistenciais ainda se encontra em fase de implementação. Faz-se necessário centrar esforços conjuntos nos cenários da micropolítica para superar a subutilização tecnológica e a ociosidade profissional com vistas a melhorar a eficiência; e no âmbito macropolítico, com uma articulação interfederativa que garanta o cumprimento da integralidade e sustentabilidade do sistema.