Bem-estar subjetivo de crianças e adolescentes em situação de rua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lima, Rebeca Fernandes Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/101130
Resumo: O bem-estar subjetivo (BES) de crianças e adolescentes em situação de rua foi investigado quantitativamente (Estudo I) com 111 participantes (9-18 anos), de ambos os sexos, de três capitais brasileiras (Fortaleza, Salvador e Porto Alegre) e, qualitativamente (Estudo II) com 6 participantes de Fortaleza (10-17 anos), todos do sexo masculino. Foram utilizados: Entrevista de Experiência de Vida, Inventário de Eventos Estressores, Mapa dos Cinco Campos, Escalas de Afeto Positivo e Negativo e Escala de Satisfação de Vida (Estudo I); e Entrevista Estruturada e Figuras representativas dos contextos - escola, família, rua, amigos e instituição (Estudo II). Os resultados do Estudo I revelam participantes com elevado nível de BES, expresso nos altos índices de satisfação de vida e de afetos positivos, os quais foram maiores que os de afeto negativo. Os participantes também evidenciaram elevado nível de eventos estressores e uma rede de apoio com contatos de boa qualidade/proximidade afetiva. No Estudo II, os participantes demonstraram satisfação com sua vida, atribuindo os afetos positivos ao relacionamento com os pares, à presença dos familiares e ao envolvimento em atividades lúdicas e de lazer; ao passo que os afetos negativos foram relacionados aos conflitos e brigas (com amigos, familiares e profissionais das instituições), preconceitos da sociedade, punições por desobedecer regras, realização de atividades domésticas e violência física e sexual. A rua e a família foram os contextos mais associados aos afetos negativos quando comparados à instituição, à escola e aos amigos. Porém, os afetos positivos não estiveram excluídos da rua e da família. Enfatiza-se a importância de estudos acerca dos processos positivos, os quais propõem uma leitura mais abrangente acerca do desenvolvimento humano em contextos de vulnerabilidade e que não estejam baseados exclusivamente no levantamento de indicadores de risco vivenciados por essas populações. Palavras-chave: bem-estar subjetivo, situação de rua, satisfação de vida, afeto positivo, afeto negativo.