Impactos da fonoterapia semanal na reabilitação de pacientes com disfagia pós-acidente vascular cerebral atendidos por programa de assistência domiciliar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Matos, Klayne Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/109466
Resumo: Introdução: Disfagia é uma complicação frequente em pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC), considerado a principal causa de incapacidade em adultos e terceira causa de morte no mundo. O acesso à fonoterapia é restrito no âmbito do Sistema Único de Saúde, atrasando a recuperação destes pacientes. Objetivo: Avaliar o impacto da fonoterapia semanal na reabilitação de pacientes com disfagia pós-AVC atendidos pelos programas de atenção domiciliar do Hospital Geral de Fortaleza e do Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara. Metodologia: Ensaio clínico aberto, no qual 24 pacientes foram pareados e sorteados em dois grupos: 14 no grupo controle (GC) e 10 no grupo intervenção (GI), sendo incluídos pacientes com disfagia após AVC, com uso de dieta enteral e maiores de 40 anos. Foram utilizados para avaliação a Escala de Rankin Modificada (ERM), Escala Funcional de Ingestão Oral (FOIS) e o Protocolo de Avaliação de Risco para a Disfagia (PARD). Durante seis meses, os pacientes do GC foram avaliados e submetidos à fonoterapia mensal de acordo com a rotina do serviço. Os pacientes do GI realizaram fonoterapia semanal, por seis meses. Foram avaliados a evolução clínica da disfagia, os resultados das escalas e o possível desmame da sonda. Resultados: A amostra foi composta em sua maioria por mulheres, em torno de 60%, com média de idade de 73 anos. Dos pacientes do GC, 78,57% apresentou AVC do tipo Isquêmico, enquanto que no GI a maioria (60%) apresentou AVC hemorrágico. Dos 14 pacientes do GC, 12 (85,71%) apresentaram disfagia grave enquanto no GI foram 8 (80%). O tempo médio de alimentação enteral foi de 18,5 meses para os pacientes do GC e 10,5 meses para os pacientes do GI. Após seis meses de intervenção fonoaudiológica, os pacientes do GI apresentaram diferença significativa em relação aos pacientes do GC nos resultados da FOIS (p= 0,003 e 0,32 respectivamente) como também uma redução do grau de disfagia apresentado (p= 0,002 e 0,42). Conclusão: Através dos resultados deste estudo, verificou-se que os pacientes submetidos à intervenção fonoaudiológica semanal apresentaram maior chance, comparativamente ao grupo acompanhado mensalmente, de migrar da dieta enteral para as dietas mista e oral, sugerindo uma influência positiva da intervenção fonoaudiológica convencional mais frequente junto a estes pacientes. Palavras chave: Disfagia; Acidente Vascular Cerebral; Assistência Domiciliar; Fonoterapia.