Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Diógenes, Lara Teixeira Soares Nuto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/121981
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Resumo: |
A dor por sensibilização central (SC) é definida operacionalmente como uma amplificação da sinalização neural dentro do SNC que provoca hipersensibilidade à dor, comumente encontrada em pacientes com dor crônica. Entender a existência de perfis distintos de pacientes que sofrem de lombalgia crônica, e saber diferenciar aqueles com sinais predominantes de SC, pode ser de grande valor na escolha da abordagem terapêutica mais adequada, e engajamento da equipe multiprofissional. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a predominância de dor por sensibilização central em indivíduos com lombalgia crônica, através de uma avaliação clínica proposta por Nijs (2017). Trata-se de um estudo transversal, realizado no período de março a novembro de 2018 em Fortaleza - CE, em dois serviços de atenção especializada do sistema público de saúde. Foram incluídos pacientes independente do sexo, de 18 a 65 anos de idade, com dor lombar há pelo menos três meses. A avaliação foi composta de duas etapas, inicialmente foi realizada uma anamnese para controlar todos os critérios de inclusão e exclusão e coletar dados de identificação e informações clínicas do participante através de questionários. Em seguida, foi feito o exame físico e testes sensoriais para identificar a presença de sinais clínicos de SC. Os pacientes identificaram os pontos de dolorosos e distribuição da dor no mapa corporal da ficha de avaliação. Foi utilizado o Inventário de sensibilização central (CSI) para avaliar sintomas de hipersensibilidade dos sentidos não relacionados ao sistema musculo esquelético e o questionário de Oswestry (ODI) para avaliação do índice de incapacidade de dor lombar (DL). Para avaliação de sinais sensoriais foi utilizado: a algometria por pressão para avaliar a presença de hiperalgesia, pincel do martelo neurológico para observar a alodínea, e estesiômetro para avaliação do limiar e sensibilidade à dor mecânica, e somação temporal. Todos esses testes foram realizados primeiramente no antebraço não dominante (área remota) e em seguida, no ponto mais doloroso da região lombar. A amostra (N=50) teve 66% do sexo feminino, idade média de 46 anos com tempo de dor de 24 meses (mediana), 82% com CSI ¿ 40. O grupo com predomínio de dor por SC se diferiu clinicamente no número de medicações (P=0,005) e comorbidades (P=0,04), tempo (P=0,015), intensidade (P=0,03), incapacidade (P=0,001), número de pontos de dor (P=0,000), sendo este, o fator independente associado a SC (P=0,003). O mapa corporal deve ser utilizado para contagem do número de pontos de dor e avaliação distribuição da dor, além da utilização dos questionários. A avaliação proposta permitiu descrever o perfil clínico e a predominância de sensibilização central dos pacientes com dor lombar crônica, atendidos no serviço público de atenção especializada. Os pacientes com predomínio de dor por SC apresentaram maior utilização de medicações, maior número de comorbidades, maior grau de incapacidade, além de maior tempo, intensidade, número de pontos de dor, este último se mostrando como fator independente associado a SC. PALAVRAS-CHAVE: Dor lombar crônica; Sensibilização do sistema nervoso; Diagnóstico clínico. |