Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Silvia Romero |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/109689
|
Resumo: |
A infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) representa um importante problema de saúde pública, apresentando distintas formas de manifestação. A prevalência mundial e nacional da doença é bastante variável. Existem poucos dados epidemiológicos disponíveis relacionada à cidade de Fortaleza, principalmente em subgrupos específicos, como pacientes com doenças neoplásicas ou auto-imunes. Indivíduos que recebem tratamento imunossupressor, como quimioterapia (QT) ou anti-TNF, estão sujeitos a complicações hepáticas graves, secundárias à reativação do HBV. Esta premissa levou algumas algumas sociedades médicas a recomendar rastreio amplo de HBV em pacientes candidatos ao início de tratamento imunossupressor. O estudo teve como objetivo definir a taxa de solicitação de triagem sorológica para o HBV pelos médicos prescritores de imunossupressores e conhecer as variáveis que influenciam a solicitação destes marcadores específicos. O estudo teve delineamento retrospectivo e foi baseado na coleta de dados secundários de pacientes que utilizaram QT ou imunobiológicos no centro de infusão do Hospital Geral de Fortaleza entre 2010 e 2016. Comparações entre as características dos grupos foram realizadas utilizando o teste de qui-quadrado. Foram avaliados 421 pacientes tratados com QT ou anti-TNF, com idade média de 49,6 anos (variação: 18-92 anos), 53% dos pacientes eram do sexo masculino, acompanhados nos serviços de reumatologia, hematologia, oncologia ou gastroenterologia. Os marcadores HBsAg, anti-HBc e anti-HBs foram reagentes em 0%, 1,7% e 10% dos casos, respectivamente. A taxa global de solicitação dos marcadores HBsAg, anti-HBc e anti-HBs foi de 65%, 56% e 48%, respectivamente. A frequência de solicitações foi maior nos serviços de reumatologia (98%) e gastroenterologia (82%), sendo menor no setor de oncologia (6%) (p<0,001). A taxa de solicitação foi mais elevada entre os pacientes em uso de anti-TNF, QT com antracíclico e rituximabe, enquanto foi mais baixa nos pacientes em uso de QT sem antracíclicos (p<0,001). Valores basais anormais de transaminases não estavam associados com maior frequência de solicitação do HBsAg (p=0,09). Identificamos baixa taxa de rastreio de hepatite B, que variou de acordo com a especialidade médica e com a medicação prescrita. Tal indicação não esteve relacionada à detecção de anormalidade das aminotransferases, nem foi afetada significativamente pela evolução temporal. Tais dados demonstram necessidade de melhor padronização dos cuidados a este grupo de pacientes e melhor divulgação de informações sobre os riscos de reativação do HBV entre os médicos prescritores de terapêutica imunossupressora. Evidenciamos ainda baixa frequência de detecção dos marcadores anti-HBc e HBsAg na população estudada, o que pode refletir baixa prevalência na cidade de Fortaleza. Mais estudos são necessários para confirmar a baixa prevalência de hepatite B no nosso meio e com isso avaliar o custo-benefício da indicação do rastreio universal desta população. PALAVRAS-CHAVE: hepatite B; imunossupressão; epidemiologia. |