Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Matos, Marília Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/121028
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Resumo: |
A infecção pelo HIV/aids é considerada uma doença pandêmica, acometendo milhões de indivíduos no mundo. Após o advento da terapia antirretroviral de alta potência e a expansão global do seu acesso, foi evidenciada redução substancial da morbimortalidade associada à mesma, que passou a ser considerada doença crônica e controlável. Por outro lado, tem sido observado que os indivíduos acometidos apresentam precocemente complicações tradicionalmente relacionadas ao envelhecimento, representando novo desafio à saúde pública. A fragilidade é definida como síndrome clínica de caráter sistêmico, representada por estado de vulnerabilidade aumentada a estressores resultante da redução da reserva fisiológica, além de desregulação de múltiplos sistemas orgânicos. Na população idosa, sua ocorrência tem sido associada ao desenvolvimento de dependência, acúmulo de comorbidades e mortalidade. Seu reconhecimento precoce apresenta oportunidade para prevenção e tratamento mais efetivos das complicações próprias da idade. O presente estudo tem como objetivo determinar a prevalência da redução da força de preensão palmar e da velocidade da marcha em pessoas com infecção pelo HIV, buscando determinar os fatores associados à sua ocorrência. Trata-se de um estudo observacional, prospectivo, transversal, quantitativo e analítico, realizado em serviço de referência especializado vinculado à rede municipal de Fortaleza (Ceará), no período de junho 2016 a março de 2017. A população do estudo era composta por pessoas com diagnóstico de infecção pelo HIV/aids, com idade mínima de 18 anos. Os participantes foram submetidos a entrevista envolvendo dados sociodemográficos, comportamentais e clínicos e laboratoriais. A aferição da força de preensão palmar foi realizada utilizando dinamômetro hidráulico. A velocidade da marcha foi determinada pela aferição do tempo para percorrer a distância de 4,6 metros. Dados laboratoriais foram obtidos dos prontuários e sistemas de registro eletrônico do serviço e do Ministério da Saúde. O estudo avaliou 201 participantes, sendo predominante o sexo masculino (87,1%), solteiros (74,1%); residentes em Fortaleza (70,6%); com renda familiar entre 1 a 3 salários (46,8%) e grau de escolaridade médio incompleto ou completo (43,8%). Em relação aos hábitos, 58,7% relataram tabagismo, 66,6% etilismo, 15,9% relataram uso de drogas ilícitas e 55,2% eram sedentários. Um total de 80,1% faziam uso da TARV; 16,9% estavam em supressão viral; a mediana do Nadir CD4 foi de 342 (IIQ 218-530,8) e a mediana do CD4 atual de 652 (IIQ 437-877); a mediana da 1ª relação entre CD4 e CD8 foi de 0,37 (IIQ 0,2-0,6); a mediana da última relação entre CD4 e CD8 foi de 0,73 (IIQ 0,5-0,9). Quanto ao índice de massa corporal 42,8% estavam acima do peso. Obteve-se um total de 33 participantes (32%) com força de preensão palmar reduzida, 06 (20,7%) com idade > 50 anos e 27 (17,2%) com idade < 50 anos, com faixa etária mediana de 35 (IIQ 28- 44). Três participantes (2,0%) com idade < 50 anos apresentaram velocidade da marcha reduzida, sendo 1 (0,7%) do gênero masculino e 2 (9,1%) do gênero feminino. Sistematizar os fatores associados à redução da força de preensão palmar e velocidade da marcha pode ampliar as medidas preventivas pelos profissionais de saúde, devendo ter pleno conhecimento para aplicá-las. Palavras-chave: HIV-1; Doença crônica; Fragilidade; Envelhecimento. |