Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Neves, Samuel de Alcântara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/124040
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Resumo: |
Em tempos de aceleração comunicacional e incertezas políticas, o digital torna-se partícula essencial para a compreensão dos fenômenos humanos. Assim, a presente pesquisa se dedica a refletir sobre os efeitos da cibercultura no sujeito a partir da noção de segregação em psicanálise. Para tanto, optamos por uma revisão narrativa de literatura em perspectiva crítico-reflexiva, pois acreditamos que, assim, temos acesso a uma amplitude de pesquisas empíricas de longo alcance, a fim de fornecer dados e argumentos para nossa construção teórica. Inicialmente, discutimos a questão freudiana do mal-estar na cultura e o investimento da ciência e da técnica em solucioná-lo, para refletir sobre a historicidade da cibernética e o estado da arte da cibercultura. Esta que vai despontando atualmente como uma cibercultura algorítmica de extrema individualização, gestão e regulação nos domínios do ciberespaço pelo poder das megacorporações de tecnologia. Em seguida, apresentamos uma reflexão sobre a psicanálise e os impactos dos avanços da tecnociência no sujeito, ancorado em uma revisão das bases que sustentam a relação do sujeito com a cultura. Assim, propomos uma crítica à cibercultura algorítmica e sua tratativa neoliberal de propor um discurso apolítico, sem o outro, engendrado em si mesmo. Finalizamos com uma reflexão crítica sobre a segregação digital, analisando a percepção lacaniana acerca dos efeitos de segregação que nossa sociedade hipercapitalista e tecnológica produziria. Desse modo, apresentamos a tecnopolítica de condominização digital e a produção de uma figura de segregação: o deletável. Para ilustrar esta figura, analisamos duas produções fílmicas da cultura pop recente: o episódio Nosedive, da série Black Mirror; e o episódio Kill all others, da série Philip K. Dick¿s Electric Dreams. Concluímos que, com o avanço das tecnociências, o projeto de universalização e do apagar das diferenças que vimos surgir no século XX não foi abandonado. A tecnopolítica digital produz, como efeito, técnicas de segregação espacial em bolhas individuais que se concentram em condomínios algorítmicos na internet. Em outras palavras, é a tentativa de borrar o aparecimento indesejável do sujeito do inconsciente através da retirada do laço com o outro, da gestão individualista e da matematização de tudo. Palavras-chave: Segregação; Digital; Cibercultura; Psicanálise. |