Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Marques, Felipe Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/128230
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Resumo: |
Fraturas ósseas são causa frequente de atendimento de emergência na população pediátrica. Medicamentos opioides, como o Fentanil, são utilizados rotineiramente na analgesia ao longo da internação de crianças, em especial devido a traumas ósseos. Nos últimos anos, o mundo vem enfrentando consequências do uso inadequado e do aumento do consumo dos opioides. Nesse contexto, é imperativo o conhecimento de medicamentos que possam ser uma alternativa a essa classe na analgesia de fraturas ósseas na faixa etária pediátrica. Os estudos atuais associam o uso de opioides a uma maior incidência de depressão respiratória, náuseas e vômitos. Alguns medicamentos não-opioides, como a Cetamina, foram associados a menores escores de dor pós-operatória e menor consumo de opioides no pós-operatório imediato de cirurgias não traumatológicas em pediatria. Entretanto poucos trabalhos têm avaliado a importância da utilização desse fármaco em crianças submetidas a procedimentos ortopédicos sob anestesia regional. O objetivo do presente estudo foi comparar o efeito analgésico e possíveis efeitos colaterais do Fentanil ao da Cetamina neste cenário. Consistiu em um ensaio clínico aleatorizado que analisou vítimas pediátricas de trauma no Instituto Doutor José Frota (IJF) por um período de seis meses. A amostra estudada foi composta por 50 crianças e adolescentes, com idade entre 24 e 192 meses, submetidas a cirurgias de correção de fraturas em membros superiores. Os participantes foram aleatorizados em dois grupos, um grupo recebia Cetamina e o outro Fentanil no momento da entrada na sala cirúrgica. Foram avaliados dados sociodemográficos, antropométricos, incidência de depressão respiratória, náuseas, vômitos e outros eventos adversos durante o procedimento cirúrgico. Na sala de recuperação foram mensurados a intensidade da dor e a ocorrência de delírio do despertar por um período de 30 minutos. A amostra foi composta majoritariamente pelo sexo masculino (76,0%). A idade média dos participantes foi de 90,1 meses. O peso médio foi de 27,5 Kg. Foi necessária a utilização de cateter de baixo fluxo de O2 em 30,0% dos participantes. A incidência de vômitos e laringoespasmo foi de 2,0% entre os participantes, e 6,0% apresentaram aumento das secreções salivares durante o procedimento. A ocorrência de dor, delírio do despertar e depressão respiratória não foi diferente entre os grupos estudados, bem como de náuseas e laringoespasmo. A maior parte da amostra foi submetida a anestesia regional guiada por ultrassonografia (62,0%). Com base nos resultados, a Cetamina se apresenta como uma opção eficaz e segura aos opioides na analgesia de procedimentos ortopédicos pediátricos. Palavras-chave: Fratura; Crianças; Cetamina; Dor; Delírio do despertar. |