Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lacerda, Aline Magalhães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/125395
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Resumo: |
Alergia alimentar é resposta imunológica adversa, reprodutível, que ocorre à exposição das proteínas alimentares. A alergia ao leite de vaca (ALV) é a mais comum na primeira infância. A apresentação clínica é variada com sintomas cutâneos e gastrointestinais, e, dependendo do tipo da resposta imunológica, pode ser IgE ou não IgE mediada. A incidência é cerca de 2,2% e a prevalência de, aproximadamente, 6-8% em crianças menores de três anos de idade. Acredita-se que esta alta prevalência seja consequência de fatores alimentares e ambientais que poderiam afetar a microbiota e a função imunológica, independente do seu caráter genético. O objetivo do estudo é analisar os fatores associados à alergia ao leite de vaca em lactentes. Trata-se de um estudo observacional, do tipo caso-controle, realizado no município de Fortaleza, no período de outubro de 2017 a agosto de 2018. Os participantes eram lactentes de zero a dois anos. A amostra incluiu 292 lactentes, sendo 202 portadores de ALV, compondo os casos e 90 não portadores de ALV (N-ALV), sendo os controles. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas com as mães dos lactentes no ambulatório de ALV do Centro de Saúde Meireles (CSM), para os casos e nas Unidades de Atenção Primária das seis regionais ¿ Secretarias Executivas Regionais-SER, para os controles. Foi utilizado como instrumento de coleta de dados um questionário escrito, contendo informações sobre características socioeconômicas, demográficas, uso de medicamentos, fatores alimentares, ambientais e familiares, dentre outros. Os resultados do estudo demonstraram que houve predominância do gênero feminino e de etnia parda. Dentre as características socioeconômicas das mães, prevaleceram o ensino médio completo, superior incompleto e renda de um a três salários mínimos, com associação para ALV. Os fatores de risco associados à ALV foram: infecção no pós-parto do lactente (OR=4,6; IC95%: 1,22-17,8), parto cesáreo (OR=3,5; IC95%: 2.03-6,03), desmame precoce (OR=14.8; IC95%: 6,76-32,39), consumo de grãos (OR=4,99; IC95%: 2.66-9,35) e folhosos (OR=4,61; IC95%: 1,93-10,96), história familiar de alergia (OR=7,73; IC95%: 4,35-13,76) e uso de fórmula infantil na maternidade (OR=2.87; IC95%: 1.614 - 5.130). O uso de vitamina D, polivitamínicos e aleitamento materno superior a três meses foi fator de proteção. Não houve associação entre infecção, uso de antibióticos, uso de ômega 3 e probióticos na gestação e o tempo de introdução alimentar no lactente. Em conclusão, o estudo destaca fatores de risco para ALV, como: história familiar, parto cesáreo, desmame precoce, uso de fórmula na maternidade e a influência da dieta materna com consumo de grãos, sementes e folhosos. Fatores de proteção estão associados ao uso de vitamina D e polivitamínico, no período gestacional, e aleitamento materno exclusivo superior a três meses. Palavras-chave: Hipersensibilidade alimentar. Hipersensibilidade ao leite. Fatores de Risco. Prevenção. |