Resiliência em famílias constituídas por casais do mesmo sexo: risco, proteção e indicadores de ajustamento psicossocial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lira, Aline Nogueira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/111168
Resumo: A tese investigou os processos de resiliência em famílias constituídas por casais do mesmo sexo, a partir da análise dos fatores de risco (FR), fatores de proteção (FP) e indicadores de ajustamento psicossocial (AP). Para tal foram desenvolvidos dois artigos teóricos e quatro empíricos. Os dois primeiros sintetizaram e discutiram as dimensões conceituais e as estratégias metodológicas para a operacionalização da resiliência com gays, lésbicas e bissexuais (GLBs). O terceiro artigo adaptou e validou a Escala de Homofobia Internalizada numa amostra de 564 gays e lésbicas brasileiros. O quarto artigo, baseou-se no Actor¿Partner Interdependence Model (APIM) e investigou associações entre os FR (homofobia internalizada) e os FP (suporte social e satisfação de vida) de um dos cônjuges sobre o AP (saúde geral e satisfação conjugal) do/a parceiro/a. O quinto artigo identificou e caracterizou quatro perfis (clusters) adaptativos entre os casais do mesmo sexo. A amostra dos Artigos 4 e 5 foi composta por 122 casais de gays e lésbicas, com 30.7 anos de idade (DP = 8.05), residentes de Fortaleza, Aracaju e Uberaba. Por fim, o sexto artigo desenvolveu estudos de casos múltiplos acerca dos processos de resiliência vivenciados por sete famílias de gays e lésbicas, selecionadas a partir do Artigo 5. Destacam-se como principais achados dos estudos empíricos: 1) o instrumento adaptado para o contexto brasileiro apresentou adequadas propriedades psicométricas; 2) a influência mútua entre os cônjuges, verificada através da associação das variáveis de risco e de proteção de um dos parceiros sobre satisfação conjugal do/a outro/a; 3) a identificação de quatro perfis de ajustamento: resiliente (alto risco e alto ajustamento psicossocial), vulnerável (alto risco e baixo ajuste), competente (baixo risco e alto ajustamento) e mal adaptado (baixo risco e baixo ajustamento psicossocial); e, 4) a descrição dos desafios vivenciados pelas famílias, os quais estão relacionados à homofobia, ao funcionamento conjugal e à parentalidade, somado ao relato das estratégias bem sucedidas no enfrentamento das adversidades (sistema de crenças, padrões organizacionais e processos de comunicação). A resiliência familiar mostra-se como uma abordagem promissora à pesquisa e intervenção direcionada às famílias formadas por casais do mesmo sexo, uma vez que ilumina as potencialidades dessas famílias, sem desconsiderar o contexto de toxidade homofóbica e demais adversidades por elas vividas. Palavras-chave: resiliência, família, gays, lésbicas, LGBs.