Prevalência de síndrome metabólica em pacientes de baixa renda com Lupus Eritematoso Sistêmico Pediátrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Iannini, Natalia Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/586142
Resumo: Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença sistêmica autoimune caracterizada pela presença de múltiplos autoanticorpos e pode afetar qualquer órgão ou sistema. A Síndrome Metabólica (SM) é comum entre pacientes com LES, porém os estudos sobre SM e LES em crianças são escassos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal incluindo pacientes com LES pediátrico (LESp). As informações foram coletadas por meio de exame clínico e questionários padronizados, investigando-se a presença de Diabetes Mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS), dados de estilo de vida, antecedentes pessoais e familiares de doença cardiovascular e obesidade, tempo de sintomas e diagnóstico da doença e características sociodemográficas. Resultados: 66 pacientes com LES foram recrutados para participar do estudo e 58 foram avaliados. A prevalência de SM de acordo com os critérios da IDF foi de 10,3% e de acordo com os critérios da ABRAN foi de 9% na amostra avaliada e apenas dois indivíduos preencheram ambos os critérios de SM. Observamos que todos os pacientes com SM apresentaram maiores frações de complemento C3 e C4 (p=0,001 e p=0,003, respectivamente na SM pela IDF e p=0,017 e p=0,01, respectivamente pela SM pela ABRAN). Os pacientes com SM segundo ABRAN também apresentaram menores níveis de VHS (p=0,039), maiores níveis de colesterol total (p=0,013), HDL-c (p=0,007), triglicérides (p=0,001) e menor albumina (p=0,016). Pacientes com SM apresentaram maiores escores de dano cumulativo (p=0,036). Observou-se maior dose atual de micofenolato mofetil (p=0,033) e uso de azatioprina foi menos frequente (p=0,033) na SM de acordo com o grupo IDF. Conclusão: A prevalência de SM encontrada nos pacientes com LESp parece ser menor do que em adultos com LES, porém maior do que em crianças e adolescentes saudáveis. Houve associação da SM com maiores índices de dano cumulativo (IDF) maiores níveis de complemento (IDF e ABRAN). Não observamos associação com manifestações clínicas, perfil de autoanticorpos, dose atual ou cumulativa de corticosteroides. Palavras-chave: Reumatologia pediátrica; pesquisa quantitativa; estudo transversal; síndrome metabólica; lúpus eritematoso sistêmico.