Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Saulo Rodrigo Lucas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/586101
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Resumo: |
A dor orofacial é toda a dor associada a tecidos moles e mineralizados da cavidade oral e da face e tem aumentado o interesse por novas substâncias extraídas de produtos naturais para prevenção e combate desta condição. A bromelina é uma enzima proteolítica encontrada no abacaxi, Ananas comosus L. Merril (Bromeliaceae), em maior concentração no caule e fruto. Existem estudos abordando a ação antinociceptiva da bromelina, entretanto os mecanismos envolvidos foram pouco explorados. Foi então proposto como objetivo avaliar o efeito antinociceptivo orofacial da bromelina em zebrafish (Danio rerio) adulto. Inicialmente foi avaliado o impacto da bromelina na atividade locomotora, bem como a toxicidade aguda. A nocicepção aguda foi induzida por cinamaldeído, capsaicina, mentol, salina ácida ou glutamato em zebrafish (n=8/grupo) tratados (20 µL; intraperitoneal) com bromelina (3; 10 ou 30 mg/mL) ou veículo (solução salina a 0,9 %). Em experimentos subsequentes, os animais foram prétratados com HC- 030031, capsazepina, AMTB, amilorida ou cetamina para investigar o possível mecanismo de antinocicepção da bromelina. O envolvimento das fibras C aferentes também foi investigado utilizando zebrafish adultos dessensibilizados pela administração repetida de capsaicina. Em todos os experimentos foram incluídos grupos Naive (n=8/cada). Foi realizando docking molecular entre a bromelina e os canais TRPV1 e TRPM8. A bromelina não alterou atividade locomotora dos animais, não apresentou efeito tóxico e preveniu a resposta nociceptiva induzida por cinamaldeído, capsaicina, mentol, salina ácida e glutamato. O efeito antinociceptivo da bromelina foi resistente ao pré-tratamento com HC-030031 (antagonista TRPA1), amilorida (antagonista ASIC) e cetamina (antagonista NMDA), mas não ao pré-tratamento com capsazepina (antagonista TRPV1) e AMTB (antagonista TRPM8). A antinocicepção promovida pela bromelina também foi inibida pela dessensibilização com capsaicina. Em conformidade com os experimentos in vivo, o estudo de docking molecular indicou que a bromelina pode interagir com os canais TRPV1 e TRPM8. O presente estudo demonstrou o potencial farmacológico da bromelina como um inibidor da nocicepção orofacial, ação esta que parece ser modulada pelos canais TRPV1 e TRPM8. Em conjunto, os resultados sugerem que a bromelina é um promissor fitofármaco para o tratamento da dor orofacial. Palavras-chave: Dor orofacial; bromelina; zebrafish adulto, TRPs. |