Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Paula Pessoa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/100073
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Resumo: |
Os acidentes de trabalho no Brasil constituem um grande problema de saúde pública, caracterizados por ocasionarem lesões graves, podendo causar incapacidade física ou funcional, parcial, temporária ou permanente ou mesmo levar à morte. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi delinear o perfil clínico-epidemiológico dos acidentes de trabalho graves, no período de 2008 a 2012, no Município de Fortaleza. Nesta pesquisa, foram analisadas as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, escolaridade, local onde ocorreu o acidente, evolução do caso, meses do ano, tipo de acidente em relação com a ocupação, com a situação no mercado de trabalho, com a hora em que ocorreu o acidente, após o início da jornada, e com o tempo de trabalho na ocupação, ocupação com a hora em que ocorreu o acidente, após o início da jornada e com as partes do corpo atingidas e evolução do caso com as partes do corpo atingidas. Trata-se de uma pesquisa documental, quantitativa, descritiva e retrospectiva, onde foram utilizados dados secundários cedidos pelo CEREST Regional de Fortaleza originados das fichas dos acidentes de trabalhos graves do SINAN do IJF. O processamento e análise dos dados foram realizados no software Predictive Analytics SOFTWARE (PASW Statistics - ex-SPSS). Os resultados mostraram que, no período da pesquisa, existiam 1011 fichas do SINAN, sendo que, na pesquisa, foram analisadas 691 notificações, pois 320 estavam com dados em branco. Neste estudo, 651 (94,20%) trabalhadores eram do sexo masculino, de 20 a 30 anos com 226 casos (32,7%) e com ensino fundamental incompleto (356 (51,5%)). Em relação ao local onde ocorreu o acidente, a maioria foi em instalações do contratante (442 (64%)). O tipo de acidente que mais acometeu os trabalhadores no período da pesquisa foram os acidentes típicos, com 92,3% (n= 638). A maioria dos trabalhadores teve um desfecho na evolução do caso à incapacidade temporária, com n= 633 (91.6%), ocorrendo esses acidentes principalmente nos três últimos meses, outubro, com n= 134 (19,4%), novembro, com n= 74 (10,7%), e dezembro, com n= 66 (9,6%). Em relação ao tipo de acidente de trabalho típico, as ocupações que mais sofrem com esse tipo de acidente são os profissionais das categorias de trabalhadores da produção industrial, operadores de máquinas, condutores de veículos e trabalhadores assemelhados; com n= 403 (95,5%), tinham de 2 a 7 anos na ocupação, com 150 (90,4%), carteira assinada, com 268 (91,5%) e se acidentavam de 2 a 6 horas após o início da jornada de trabalho, com 302 (94,4%). Dos trabalhadores da produção industrial, operadores de máquinas, condutores de veículos e trabalhadores assemelhados (Grupo 7), as partes do corpo mais atingidas foram: as mãos, com 100 (63,3%), seguidas dos membros superiores (MMSS), com 83 (62,9%) e de mais de uma parte do corpo, com 82 (63,6%). Dos 391 casos de acidentes de trabalho graves, a maioria dos acidentados atingem as mãos; com 158 (22,9%) casos, seguidos dos MMSS, com 132 (19,1%), e dos MMII, com 107 (15,5%). No período da pesquisa, ocorreram apenas 8 óbitos por acidentes de trabalho. Portanto, pode-se concluir que os acidentes de trabalho graves ocasionam prejuízos sociais, econômicos e emocionais para os trabalhadores, seus familiares e dependentes. Para a Saúde Pública, implica despesas com emergência, assistência e reabilitação; para a economia do País, perdem-se trabalhadores em idade produtiva. Com os resultados obtidos, almeja-se que este estudo contribua para execução de programas que visem a minimizar as condições de riscos existentes nos ambientes de trabalho, com vistas a preservar a integridade física e mental do trabalhador da construção civil e que os agentes sociais envolvidos possam planejar estratégias eficazes e eficientes de posse das informações coletadas, em benefício dessa atividade econômica, tão importante para o desenvolvimento social do País e do Estado do Ceará. |