A língua que nos habita: contextualizações sobre o destino da língua na judeidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Hateau, Natália Maria de M. Trompieri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/113558
Resumo: Este trabalho tem como objetivo investigar as incidências da língua no sujeito. Para tanto, o estudo da judeidade se mostrou um campo fértil para pensarmos sobre tais efeitos. Por se tratar de um povo que sempre teve sua história marcada pela dispersão e exílio pelo mundo, a questão da língua dentro da identidade judaica é sempre um ponto muito relevante a ser discutido. Com isso, para além da Psicanálise, as disciplinas da Linguística histórica e a Sociolinguística, serviram de suporte para uma melhor fomentação e compreensão e, dada a complexidade do campo, se mostraram imprescindíveis para o desenvolvimento desta pesquisa. As línguas iídiche, alemã e hebraica traçaram o destino dessa judeidade que tinha como esperança pela assimilação da cultura germânica, findar séculos de perseguições, ascender economicamente e intelectualmente, tornando-se pária dentro de uma sociedade secular. No entanto, o decorrer da história não deixa dúvidas de que a assimilação foi um projeto ambíguo, que trouxe consequências de ordem subjetiva que se revelaram na relação entre língua materna e identidade judaica, que podem ser sentidas nas experiências de autores como Hannah Arendt, Paul Celan e Aharon Appelfeld. O discurso nazista fez da língua alemã uma arma contra o povo judeu legitimando o extermínio de grande parte da população judia da Europa. Aos que sobreviveram, restou uma experiência traumática que pode ser sentida nos diferentes estilos de narrativa que abordam o testemunho sobre a Shoah. Após um evento como este, o indizível da língua marca a impossibilidade de um confronto com vivido. Palavras-chave: Psicanálise. língua. judeidade. assimilação. shoah.