Autismo e resiliência: um estudo com educadores, famílias e adolescentes do sistema colégio militar do Brasil (SCMB)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Cleômenes Heraldo de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/127102
Resumo: A presente Dissertação objetivou compreender como o contexto escolar dos Colégios Militares pode ser promotor de resiliência em alunos com TEA, na perspectiva de professores, monitores, familiares e alunos com TEA. Com esse fim, foram realizados dois estudos. No Estudo 1, buscou-se verificar as concepções e práticas dos professores e monitores do Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB) sobre seu papel enquanto facilitadores dos processos de resiliência dos alunos autistas. Participaram 313 profissionais (55,6% do sexo masculino; 52,7% entre 30 e 45 anos) de 13 colégios militares brasileiros, sendo 79,6% professores e 20,4% monitores. A coleta de dados aconteceu online, por meio do Google Forms, e incluiu um questionário sociodemográfico e laboral, a Escala de Atitude sobre o Autismo para Professores (EAAP), a Escala de Situações Escolares Vivenciadas pelos Alunos (ESEVA), a Escala de Fatores que Favorecem o Enfrentamento (EFFE) e o Teste de Associação Livre de Palavras (TALP). Estatísticas descritivas e inferenciais foram calculadas no SPSS e uma análise prototípica foi realizada no Iramuteq. Verificou-se que a maioria dos participantes tem uma atitude positiva em relação a alunos autistas, embora muitas vezes as noções sobre autismo sejam baseadas no senso comum. Além disso, aspectos do cotidiano escolar são considerados mais difíceis de serem enfrentados pelos alunos autistas; e os fatores relacionamento e recursos são considerados pelos participantes como mais relevantes que o fator características individuais para o enfrentamento das adversidades. O Estudo II teve como objetivo investigar a experiência que famílias e alunos diagnosticados com TEA têm sobre o papel do contexto escolar enquanto facilitador dos processos de resiliência. Para isso, foram feitas sete entrevistas semiestruturadas, sendo três com os alunos com diagnóstico de TEA e quatro com familiares destes. A análise de dados contou com o auxílio do software ATLAS.ti. As categorias que emergiram da análise permitiram observar que fatores de risco e proteção estão presentes no cotidiano escolar e que a prevalência de um sobre o outro pode configurar cenários de inclusão ou exclusão. Os participantes apontaram que diferentes formas de apoio que envolvem professores, monitores e pares contribuem com os processos de inclusão e, consequentemente, de enfrentamento e superação. Também reconheceram que dificuldades com os aspectos militares típicos dos colégios e dificuldades acadêmicas podem ser determinantes para que os alunos vivenciem situações de exclusão. Ademais, há aspectos de convergência na percepção dos participantes de ambos os estudos, particularmente no que diz respeito à necessidade de formação para os profissionais que lidam diretamente com alunos autistas e a valorização da qualidade nos relacionamentos como importante fator de proteção nos processos de resiliência. Conclui-se ressaltando a importância dos achados para a promoção de intervenções que visem fortalecer processos de resiliência e inclusão de crianças autistas no contexto escolar. Palavras-chave: autismo, resiliência, escola, professores, colégios militares.