Participação do pai no parto: tendências e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mendonca, Francisco Antonio da Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/110242
Resumo: A participação do pai no parto, as tendências desta ação e os fatores associados a esta, em um hospital público, constituíram objeto de investigação que se apresenta a partir de uma proposta inédita. Embora tenha gradativa incorporação da participação do homem no parto junto às políticas públicas do Sistema Único de Saúde, essa questão ainda necessita ser abordada de forma mais enfática no campo da Saúde Coletiva. Objetivou-se analisar a tendência da participação do pai no parto e os fatores associados em um hospital público. Trata-se de estudo epidemiológico e analítico, realizado no Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana, em Fortaleza-Ceará-Brasil. Com coleta de dados entre julho e dezembro de 2016, foi analisado um banco de dados composto por 27.051 observações do livro da sala de parto com as informações dos prontuários das gestantes, após implantação da tecnologia ¿Parto Que Te Quero Perto¿, no peri¿odo de dezembro/2009 a dezembro/2015. Os dados foram organizados em tabelas e gráficos e utilizou-se análise estatística, razões de chances, considerando p<0,05 e ajustado modelo de regressão logística para modelar a presença do pai no parto. Foram minimizados os riscos em relação ao fiel depositário dos documentos consubstanciados no acesso aos prontuários das gestantes. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade de Fortaleza, conforme parecer Nº. 1.584.127. Os resultados evidenciaram que a via de parto normal se mostrou mais prevalente no estudo, intensificando a chance da participação do pai. Os partos com a presença do pai têm os maiores índices de APGAR no 1º e 5º minuto. Os partos realizados por enfermeiros pareceram maiores quando as mulheres estavam acompanhadas pelo pai da criança. Com o passar dos anos, aumenta a proporção de partos realizados por enfermeiros e a maioria dos partos sem acompanhantes tende a diminuir, à proporção que a participação do pai no parto tende a aumentar. Com este estudo, pôde constatar-se que a participação do pai no parto contribui para melhores indicadores epidemiológicos e clínicos para a saúde de recém-nascidos.