Empresas humanizadas: um estudo sobre organizações à luz do capitalismo consciente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Leitão, Ana Flávia Ibiapina de Patrício Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/126273
Resumo: A sociedade está mudando rapidamente, o cenário atual enfretado, tem demonstrado o adoecimento das pessoas, a degradação ambiental, a corrupção e a ampliação da desigualdade social, e estes são desafios que necessitam de resposta urgente. A COVID-19 mesmo com todos os dilaceramentos causados e sofrimento, vem ensinando muito e dado ainda mais luz a todos estes aspectos. O capitalismo tradicional precisa ser repensado, visto que os negócios têm sido vistos como as principais causas dos problemas sociais, ambientais e econômicos. Um número crescente de organizações, diante desse cenário, está tomando consciência da necessidade dos negócios de agir com responsabilidade social e ambiental, de maneira a resgatar a ética e equilibrar o seu desempenho social e ambiental junto à sua performance econômica. Com isso, diversos movimentos surgiram visando uma nova roupagem do capitalismo. Alguns desses novos caminhos foram: Responsabilidade Social Corporativa (1960), Triple Bottom Line (1998), Empresas B (2006), Capitalismo Consciente (2009), Valor Compartilhado (2011). O caminho do Capitalismo Consciente foi aprofundado nesse estudo, visto ser um movimento holístico que visa atuar de maneira integral na organização. Ele traz a proposta de que os negócios ressignifiquem sua forma de atuar balizando-se em quatro pilares: Propósito Maior, Liderança Consciente, Orientação para os stakeholders e Culturas Conscientes. Entende-se que culturas conscientes são sustentadas por valores conscientes, os valores predizem os comportamentos dentro da organização e esses comportamentos sustentam a cultura e, esta, por sua vez, é reflexo dos comportamentos dos líderes. Assim, é possível levantar o seguinte questionamento: Qual a percepção dos dirigentes das empresas em relação a ter negócios mais conscientes e a integrarem em suas organizações valores, práticas e ações balizadas a partir da filosofia do Capitalismo Consciente? A vigente pesquisa, de natureza quantitativa e qualitativa, teve o objetivo de analisar 31 dirigentes de empresas cearenses, visando verificar o quanto estão receptivos a integrar práticas de um capitalismo consciente. Por meio do Método dos Sete Níveis Evolutivos de Consciência de Richard Barrett, o estudo pretendeu identificar os níveis de consciência desses dirigentes a partir de seus valores para identificar a abertura para práticas conscientes em suas organizações. De acordo com os resultados, o maior percentual dos líderes cearenses participantes, apresentam, diante do método utilizado, valores menos elevados de consciência e uma maior distância de práticas conscientes em suas organizações. Foi possível identificar e corroborar com a hipótese inicial de pesquisa, que os dirigentes que apresentaram níveis de consciencia mais elevados, evidenciam uma maior proximidade com práticas conscientes, contudo, ainda distantes efetivamente do proposto pelo Capitalismo Consciente. Ao mesmo tempo, o cenário da COVID-19 veio acelerar mudanças e uma abertura para a implementação de práticas mais humanizadas e conscientes dentro das organizações, o que se apresenta como um cenário propulsor para o fortalecimento do Capitalismo Consciente nos próximos anos. Palavras-chave: Capitalismo Consciente; Empresas humanizadas; Valores; Consciência organizacional.