Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lucio, Ronaldo de |
Orientador(a): |
Teixeira, Maria Luisa Mendes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Presbiteriana Mackenzie
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/31082
|
Resumo: |
O capitalismo desde o seu início gerou impactos positivos e negativos nas sociedades que operam sob esse sistema. Devido às consequências do capitalismo, surgiram novos modelos de negócios com propósito de contribuir para evitar ou minimizar as suas consequências negativas, dentre eles, o Capitalismo Consciente (CC). O CC tem o objetivo de ajudar a transformar o capitalismo. Tendo em vista que o CC é praticado pela gestão das empresas, uma primeira questão que surge é se ele contribui para relações dignas entre as empresas privadas e as partes interessadas. Sabendo que as empresas são operadas por pessoas, pressupõe-se que as atitudes dos trabalhadores para com o CC antecedem as práticas de CC nas empresas. Isto posto, este estudo dedicou-se a responder o seguinte problema de pesquisa: qual a relação entre as atitudes dos trabalhadores com relação ao CC e as práticas de CC e de dignidade organizacional (DO) por eles percebidas nas empresas em que trabalham? Como objetivo geral, este estudo propôs-se a identificar a relação entre as atitudes dos trabalhadores com relação ao CC e as práticas de CC e de DO por eles percebidas nas empresas em que trabalham. A pesquisa caracterizou-se como quantitativa, tendo sido coletados dados de 205 trabalhadores de empresas privadas, por meio de questionário eletrônico, contendo dados demográficos e três escalas: escala de práticas de dignidade organizacional percebidas pelos empregados (EPRA-DO), a escala de práticas de capitalismo consciente (EPCC) e a escala de atitudes com relação ao capitalismo consciente (EAPCC), essas últimas desenvolvidas no âmbito deste estudo. O tratamento estatístico dos dados envolveu estatísticas descritivas e estatísticas multivariadas de análise fatorial confirmatória e modelagem por equações estruturais. Os resultados indicaram que existe uma relação de mediação total entre os constructos, onde as práticas de CC mediam a relação entre atitudes para o capitalismo consciente e as práticas de dignidade organizacional. Identificou-se que as atitudes com relação a CC não possuem efeito direto significativo sobre as práticas de DO, mas possuem efeito indireto significativo, ou seja, as atitudes para o CC influenciam indiretamente as práticas de DO, por meio das práticas de CC. As práticas de CC possuem correlação significativa com práticas de DO: o modelo estrutural apresentou r² ajustado de 63,3%, sugerindo que as práticas de CC explicam parcialmente o conceito de DO. O estudo contribui para explicar a relação entre atitudes e práticas de CC e DO. Do ponto de vista prático, este estudo contribui para que as organizações direcionem as suas práticas para a construção e manutenção de relações mais dignas entre empresas e as partes interessadas, ao gerar conhecimento e instrumentos para monitorar atitudes e práticas de CC, assim como práticas de DO. A escala EAPCC pode ser, inclusive, aplicada nos processos de seleção de pessoal. |