Interação família e trabalho: um estudo sobre satisfação conjugal em docentes do ensino superior

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Feijão, Geórgia Maria Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/105863
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo identificar a satisfação conjugal (SC) de professores universitários. Para isso foram realizados dois estudos. No primeiro, de natureza quantitativa e correlacional, buscou-se caracterizar a satisfação conjugal (SC) de 84 docentes do ensino superior (sendo 42 de cada sexo e idade média de 38 anos), verificando-se a associação desta com variáveis sociodemográficos e laborais. Utilizou-se como instrumentos um Questionário de Caracterização Sociodemográfica e Laboral, além da Escala de Ajustamento da Díade ¿ DAS; e como estratégia de análise de dados utilizou-se o software SPSS, calculando-se frequências, porcentagens, médias e correlações. Os participantes tinham em média 12 anos de relacionamento conjugal, possuíam filhos e renda total média de dez salários mínimos. Trabalhavam na docência há 9 anos em média e o vínculo profissional era majoritariamente com instituições de ensino superior (IES) privadas. A docência constituía a principal fonte de rendimentos, embora fosse conciliada com outra atividade laboral por grande parte dos docentes. Sobre o nível de satisfação conjugal, a maioria dos docentes (82%) encontrava-se com um grau satisfatório. Apenas o sexo correlacionou-se negativamente à SC, o que sugere que esta tende a ser menor entre o sexo feminino. Nenhuma correlação estatisticamente significativa foi encontrada entre as variáveis laborais e a SC. No segundo estudo, de natureza qualitativa, buscou-se compreender as percepções de professores universitários acerca da sua satisfação conjugal. Para isso, foram realizadas entrevistas estruturadas com seis docentes (sendo três de cada sexo e idade variando de 34-50 anos), as quais geraram a elaboração de categorias temáticas. No Estudo 2, à semelhança do Estudo 1, a avaliação do grau de satisfação conjugal tendeu a ser positiva. Porém, evidenciou-se o quanto o trabalho docente vem limitando o tempo destinado à vida conjugal e o quanto isso pode contribuir para o surgimento de conflitos. Fatores como distância física, tempo passado longe dos filhos, e levar trabalho para casa foram mencionados como obstáculos à SC. Porém, todos os participantes demonstraram interesse em continuar a relação. Conclui-se, evidenciando o desafio de profissionais que - no cotidiano de suas vidas - tentam conciliar vida conjugal/familiar e trabalho, duas esferas centrais ao bem-estar humano e que demonstraram um bom nível de satisfação conjugal mesmo frente às demandas de trabalho, pessoais e familiares. Palavras-chave: trabalho docente, interação família-trabalho, satisfação conjugal, professores, conjugalidade.