Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lima, Patricia Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/127103
|
Resumo: |
A dissertação investigou o abuso digital vivido por jovens brasileiros (18 a 29 anos) e seus parceiros íntimos. Trata-se de uma nova expressão da violência que envolve práticas de agressão direta, sexting não consentido e o controle e monitoramento. Para tal foram desenvolvidos dois estudos empíricos. No Estudo 1, quantitativo, buscou-se verificar fatores associados ao abuso digital entre jovens brasileiros. Participaram 680 jovens brasileiros (18¿29 anos; 75,5% sexo feminino), que responderam a um formulário de pesquisa online com Escala de Violência Virtual no Namoro, Escala de Uso Problemático da Internet, Escala de Exposição à Violência Intra e Extrafamiliar, Questionário de Saúde Geral, Escala de Satisfação de Vida e Escala de Afetos Positivos e Negativos. Análises estatísticas descritivas e inferenciais no SPSS revelaram como principais achados: o abuso digital se trata de fenômeno recorrente entre jovens brasileiros, sendo que os mais jovens e aqueles que apresentam um uso problemático da internet estão mais propensos a vivencia-lo; existe uma correlação negativa entre a satisfação de vida e o abuso; e o preditor mais forte para o abuso é já tê-lo vivenciado anteriormente. No segundo estudo, de natureza qualitativa, procurou-se compreender as concepções e experiências de jovens acerca do abuso digital vivido em relacionamentos com parceiros íntimos. Participaram 14 jovens (23-29 anos, 71,4% do sexo feminino) que responderam a uma entrevista semi-estruturada online. A análise temática evidenciou a relação da prática do abuso digital com as crenças acerca do amor romântico, sobretudo com a naturalização dos ciúmes, bem como a forte bidirecionalidade do fenômeno entre parceiro íntimos, uma vez que aqueles que perpetram o abuso também são vítimas desse tipo de violência. A dissertação possibilita um olhar aprofundado acerca dessa nova forma de violência entre parceiro íntimos, permitindo o estabelecimento de semelhanças e diferenças entre o abuso digital e a violência ¿offline¿, as quais devem ser consideradas na definição de estratégias de prevenção ou intervenção com jovens. Conclui-se que estudos que investigam o abuso digital são importantes para dar visibilidade a esse tipo de violência já que é um assunto que ainda enfrenta muitos preconceitos, pois as crenças sobre o amor e o sentimento de ciúmes disseminados na sociedade são, muitas vezes, naturalizados e endossam práticas e valores sexistas que fortalecem a violência. Palavras-chave: abuso digital; juventudes; tecnologias; violência por parceiro íntimo. |