Esfíncter artificial “BR-SL-AS 904” no tratamento da incontinência urinária pós-prostatectomia radical: eficácia, praticidade e segurança. Estudo prospectivo e multicêntrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: BARROS, Evandilson Guenes Campos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34347
Resumo: O câncer de próstata é o tumor sólido não cutâneo de maior incidência em homens acima dos 50 anos. Nos casos de neoplasia localizada ou localmente avançada na próstata, a prostatectomia radical (PR) pode ser um tratamento curativo. Observam-se taxas variáveis de incontinência urinária (IU) após a PR, podendo afetar a qualidade de vida destes pacientes. O esfíncter artificial (EA) é considerado o padrão ouro no tratamento da IU pós-PR, no entanto, economicamente inviável para a maior parte da população brasileira devido ao elevado custo econômico. Testar a eficiência e a praticidade da utilização do esfíncter artificial “BR-SL-AS 904” no controle da incontinência urinária em pacientes após PR, além de avaliar suas complicações. Foram incluídos prospectivamente quinze pacientes portadores de IU pós PR de moderada a grave, submetidos a implante do esfíncter artificial “BR-SL-AS 904” conforme técnica estabelecida. Realizado avaliação da perda urinária através do Pad Test de 1 (uma) hora, avaliação da Qualidade de Vida através do Questionário específico (ICIQ-SF) e avaliação dos sintomas urinários pelo questionário IPSS no pré-operatório e após a cirurgia, no 1º, 3º, 6º e 12º meses pós-operatório. As complicações cirúrgicas transoperatórias e pós-operatórias quando presentes foram catalogadas e notificadas. A análise inferencial destes dados foi realizada através dos testes F (ANOVA) para medidas repetidas e teste de Friedman para a comparação entre as avaliações. No caso de diferença significativa pelo teste F (ANOVA) foram obtidas comparações múltiplas de Bonferroni. O Estudo foi aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde, consubstanciado pelos Comitês de Ética das instituições envolvidas, através do parecer 814.933 de 01/10/2014. Os pacientes submetidos a implante do EA não apresentaram complicações transoperatórias ou pós-operatórias relacionadas ao ato cirúrgico. O aparelho se mostrou inerte ao organismo, durante todo o seguimento, evidenciando uma ótima adaptação dos pacientes, além do fácil manuseio. Houve uma diminuição da perda urinária, avaliada pelo teste do absorvente, o pad test, (média: de 135,19 para 75,72 e mediana: de 106,00 para 23,50). Ocorreu diminuição do escore internacional que avalia os sintomas prostáticos (IPSS), e uma elevação da qualidade de vida ao longo do estudo (de 12,33 para 3,40 e de 2,50 para 3,20, respectivamente). Pelo questionário International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) observou-se uma diminuição do escore de 16,71 para 7,33. O implante do esfíncter artificial “BR-SL-AS 904” se mostrou reprodutível, seguro e eficaz no controle da incontinência urinária em pacientes após PR.