Perfil do trauma em acidentes de trânsito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rocha, Katharini Maria Barbosa Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/124392
Resumo: De acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde, os países de baixa e média renda figuram com o dobro das taxas de óbitos rodoviários em comparação com países de alta renda. Isso se deve ao índice de desenvolvimento de infraestruturas e níveis de aplicação da lei. Segundo a Associação Internacional de Medicina do Tráfego (ITMA), esses resultados, também, estão intimamente ligados ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que, por sua vez, tem por base a educação, a longevidade e a renda per capita de cada país. No Brasil, o número de sobreviventes e mortos pelo trânsito é crescente e essa problemática repercute nos serviços de saúde dimensionado pelo alto custo para efetivar as políticas públicas da assistência, como também na sociedade e na vida das pessoas por perdas de chefes de família ou sobrecarga de cuidar dos deficientes com sequelas associadas ao trauma ocasionados pelos acidentes. Esse trabalho avaliou o perfil epidemiológico das vítimas de acidentes de trânsito por trauma assistidas por um serviço pré-hospitalar de emergência no município de Picos. Isso possibilitou a identificação do usuário e de suas necessidades terapêuticas iniciais decorrentes ao trauma na rede assistencial, fortalecendo o SAMU como componente de atenção de acesso ágil e efetivo. Trata-se de um estudo transversal que teve como população as vítimas de acidentes de trânsito na cidade de Picos, socorridas pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) no período de janeiro de 2017 a junho de 2019. Os dados descritos foram selecionados a partir do registro das fichas de atendimento do SAMU, analisados através da distribuição de frequência absoluta e relativa e aplicação do Teste Qui-quadrado de Pearson das variáveis univariadas e bivariadas, respectivamente. Todos os cálculos estatísticos foram realizados com uso do SPSS Statistics versão 23.0. Os resultados foram apresentados em tabelas. Os resultados estão caracterizados nos dois artigos. Dentre as 1302 vítimas, a maior proporção foi o sexo masculino com idade média aproximada de (33 ± 14,1) anos (IC 95% 32,15-33,70), 74,9% (941) das vítimas não usavam EPI no momento do acidente. Os motociclistas condutores foram os que mais se lesionaram por ferimentos e escoriações (62,2%) em colisões e quedas de moto. O não uso do EPI apresentou associação significativa com o uso do álcool (85,5%) e com as que sofreram TCE+TRM (93,4%). As fraturas/luxações foram o segundo tipo de lesão mais prevalente à frente das lesões por TCE/TRM. O maior número de ocorrência foi registrado em via pública, no período noturno com um tempo médio de atendimento de 15,37 minutos. As fraturas de Membro Superior e Membro Inferior isoladamente (79,4%) foram as mais frequentes. 194 (67,6%) das vítimas que tiveram fraturas/luxação não estavam com EPI no momento do acidente. Esse estudo possibilitou analisar o perfil do trauma em vítimas de acidentes de trânsito assistidas por um serviço pré-hospitalar de emergência no município de Picos, descrevendo as características epidemiológicas das vítimas e os fatores de causa e efeito que interferem nos indicadores do sistema de saúde.