A superestimulação audiovisual durante a infância adolescência promove comportamentos do tipo ansiedade e nociceptivos em camundongos adultos maduros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rodrigues, Amanda Romanholi Amaral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/591027
Resumo: A superestimulação audiovisual durante a infância e adolescência pode gerar hiperatividade e alterações comportamentais na idade adulta. Este estudo avaliou os efeitos de tal superestimulação em camundongos adultos submetidos a estímulos auditivos (70 dB) e visuais (luzes piscantes) por 2 ou 6 horas diárias, de p21 a p64, com animais naive como controles. Aos 200 dias pós-natal (p200), foram realizados testes comportamentais para avaliar atividade locomotora (campo aberto), comportamentos tipo depressivo (natação forçada e splash), comportamentos tipo ansioso (placa perfurada, labirinto em cruz elevado e teste de esconder esferas), agressividade e nocicepção (placa quente e von Frey). Subsequentemente, foi realizada análise histopatológica cerebral utilizando coloração por hematoxilina e eosina. Os resultados indicaram que, enquanto os testes de natação forçada, borrifagem de sacarose, placa perfurada e esconder esferas não revelaram alterações significativas, o grupo p21 estimulado por 2 horas apresentou aumento de comportamento ansioso (labirinto em cruz elevado) e alterações na sensibilidade nociceptiva (teste de von Frey). O grupo p26 estimulado por 2 horas apresentou redução no comportamento de limpeza (grooming), menor exploração no labirinto em cruz elevado e respostas mais rápidas à estimulação térmica (placa quente). Não foram observadas alterações estruturais no tecido cerebral. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade de Fortaleza (#8715140319), e todas as etapas seguiram rigorosamente as diretrizes éticas para experimentação animal. A análise estatística foi conduzida utilizando ANOVA unidirecional com teste post-hoc de Tukey, considerando significância estatística em p < 0,05. Conclui-se que a superestimulação audiovisual durante períodos críticos do desenvolvimento pode promover comportamento ansioso e modulações no sistema nociceptivo em camundongos adultos, mesmo sem alterações histológicas cerebrais detectáveis. Palavras-chave: Nociceptividade; Transtornos de Ansiedade; Mídia Audiovisual.