Transtorno mental comum em universitários e os fatores relacionados ao ambiente promotor de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Martins, Luiza Valeska de Mesquita
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/126917
Resumo: Introdução: O Transtorno Mental Comum (TMC) é uma definição que se aplica às pessoas que apresentam diferentes sintomas de depressão e ansiedade, mas que não têm uma condição médica precisa. Os sintomas, por sua vez, não aparecem de forma isolada, necessitando de uma atenção abrangente devido a sua complexidade. Diante de tal complexidade, o TMC pode causar tanto prejuízos físicos como psicológicos ao indivíduo e, apesar de ser menos grave que os transtornos mentais psiquiátricos, merece atenção por sua elevada prevalência mundial. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, do tipo transversal e analítico, que faz parte de um projeto maior intitulado ¿Promoção de Saúde na população jovem: qual o papel da Universidade?¿, de caráter retrospectivo. A pesquisa foi realizada na Universidade de Fortaleza (UNIFOR), e no campus Itaperi da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Na primeira, o período de coleta se deu de abril a novembro de 2017 e na segunda a coleta foi realizada no período de abril a dezembro de 2018. O tamanho da amostra da UNIFOR foi estimado em 511 alunos e o da UECE foi estimado em 402. Foram aplicados dois questionários para coletar as variáveis demográficas e socioeconômicas, bem como as atividades promovidas pela universidade, os fatores ambientais e psicossociais e a suspeita de TMC. Análises univaridas e bivariadas foram aplicadas para analisar as relações com a prevalência de TMC, pelo SPSS 23.0. Resultados: Em maior proporção, foram encontrados universitários do sexo feminino (n=500; 54,8%), solteiros (n=844; 92,4%), da raça mulato/pardo (n=433; 47,4%), religião católica (n=564; 62,0%) e não exercendo trabalho remunerado (n=751; 82,9%). Em relação as atividades promovidas pela universidade, verificou-se que a categoria ¿atividades que incentivam comportamentos promotores de saúde¿ foi a categoria de maior participação com 44,9% (n=410). Constatou-se também que 98,1% (n=883) dos universitários confirmaram que a atividade física influencia na saúde e no bem-estar. Dentre os participantes, 56,2% (n=513) revelaram que se sentem bem na universidade, outros 64,5% (n=589) disseram que a o ambiente universitário tem o clima agradável. A prevalência de TMC nos universitários do estudo foi de 42,2% (n=385). No tocante ao curso de graduação, os cursos de Enfermagem (n=83; 21,6%), Educação Física (n=61; 15,8%) e Nutrição (n=57; 14,8%) foram aqueles com maior prevalência de TMC. Conclusão: Diante desses achados, espera-se que as universidades atentem para a implementação de estratégias de prevenção e promoção da saúde com maior incentivo à participação em atividade física e extracurriculares, promovendo maior integração e crescimento interpessoal dos universitários, além de investimento em segurança e espaços que possam promover a sensação de bem-estar. Palavras-chave: Transtorno Mental Comum; Universidade; Universitários; Ambiente