Referência subjetiva significativa e adolescente em cumprimento de medida socioeducativa: uma escuta clínica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sena, Rossana Viégas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/118012
Resumo: A presente dissertação pretendeu analisar os efeitos da participação ou ausência de referências subjetivas significativas para os adolescentes no cumprimento da medida socioeducativa ¿ MSE de liberdade assistida ¿ LA, por meio de uma aposta de escuta clínica aos adolescentes em uma instituição da Política de Assistência Social. As referências subjetivas significativas referem-se a pessoas que amparam psiquicamente e promovem um alicerce para a constituição subjetiva. A adolescência é um período de escolha objetal, de desligamento dos pais e construção de novos laços sociais. Às vezes, os adolescentes simbolizam as mudanças do adolescer por meio de atos, dentre eles o ato infracional. Quando um adolescente comete uma infração podem ser aplicadas MSEs, que objetivam, através de uma rede de atendimento, a responsabilização pelo ato, a ressocialização juvenil e a ressignificação de valores. A pesquisa foi de cunho qualitativo e utilizou conceitos psicanalíticos para a compreensão dos dados coletados durante o cumprimento da LA por alguns adolescentes, no Centro de Referência Especializado de Assistência Social ¿ CREAS Jurema. A coleta dos dados ocorreu por atendimentos individuais, atividades de grupo e registros dos prontuários. Através disso, foram produzidas três narrativas. A análise dos dados ocorreu com a interpretação dessas narrativas, considerando o contexto sócio-histórico-cultural, de exclusão e segregação que os adolescentes vivenciavam e convivem diariamente, que, muitas vezes, dificulta o exercício da função protetiva por algumas famílias. A pesquisa resultou na elaboração das referências dos adolescentes, proporcionando-os novas formas de se posicionar frente à situação de desamparo. Diante dessa situação, percebeu-se a possibilidade da ocupação por parte da equipe do CREAS do lugar vazio de ancoragem e de alicerce frente ao desamparo, através de uma escuta do singular que promova a viabilização da elaboração dos vínculos subjetivos e do amparo subjetivo, podendo possibilitar ao adolescente cumpridor de MSE outras formas de inserção social diferentes da criminalidade. Palavras-chave: Adolescência; Medida socioeducativa; Vulnerabilidade social; Psicanálise; Família.