Museus corporativos como prática de comunicação da memória organizacional no estado do Ceará: Ipark e Engenhoca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Monte, Ana Luiza Almeida Do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/101758
Resumo: Objetivando compreender como um museu corporativo se relaciona com a comunicação da memória organizacional e outras práticas relativas à divulgação de uma identidade corporativa, este estudo analisou o Museu da Cachaça (IPark) e o Museu do Engenho Colonial (Engenhoca), no Estado do Ceará. De natureza qualitativa, a investigação contou com a análise de documentos e de visitas técnicas, na fase de coleta de dados; e com as técnicas da análise semiótica do discurso, na fase de tratamento dos dados. Dentre as conclusões a que se chegou, destacou-se o fato de que um museu corporativo possui características diferentes de um museu fundado por empresa mas que, no entanto, não guarda coerência com o propósito de revelar uma identidade positiva e consistente com uma organização cuja cultura esteja enraizada, fortalecida e refletida em suas memórias. Um museu para ser corporativo deve prezar por sua administração e organização, bem como pela limpeza e conservação de seu acervo, especialmente no que tange às peças escolhidas para refletir o que é central, distintivo e duradouro na organização em questão. Diante do exposto, sugere-se que futuras pesquisas neste campo se voltem para novas reflexões acerca da real utilidade ou mesmo sustentabilidade dos museus corporativos no cenário da comunicação organizacional brasileira, bem como para a formação de profissionais devidamente capacitados para lidar com elementos culturais-cognitivos. Outra vertente de estudo futuro pode ser compreender até que ponto tais iniciativas, de fundar o próprio museu, podem estar impactando na manutenção ou surgimento de outros espaços de arte, já que muitos deles dependem do apoio financeiro do empresariado brasileiro. Cumpre explicitar que como todo trabalho de cunho qualitativo, este engloba as limitações próprias do método, tais como ser este um estudo de caráter específico e não generalizável. No entanto, ele traz suas contribuições à literatura referente a memória organizacional, soma com os estudos sobre a identidade organizacional e expande o conhecimento sobre os elementos relativos a cultura organizacional. Também contribui para a análise das práticas de comunicação organizacional com o intuito de aprimorar os processos inerentes a tais práticas.