Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Uchôa, Antônio Enéias Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/112515
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Resumo: |
Uma problemática recorrente na contemporaneidade permeia a questão ambiental, em especial as relações entre a pessoa e o meio ambiente: o comportamento de descarte de lixo em locais inapropriados. Áreas como a psicologia ambiental têm aprofundado essa problemática, partindo do pressuposto de que crenças ambientais são preditoras de comportamentos ecológicos. O presente estudo tem por objetivo investigar a relação entre crenças ambientais e comportamentos ecológicos de usuários da praia de Canoa Quebrada, Ceará, Brasil. Trata-se de um estudo exploratório com enfoque multimetodológico, constituído tanto por abordagens quantitativas, quanto por abordagens qualitativas. Um questionário que apresenta uma escala de crenças ambientais, uma escala de comportamento ecológico em praias brasileiras e algumas questões referentes aos dados sociodemográficos: esses instrumentos foram respondidos por 343 pessoas. Entrevistas foram realizadas com 7 pessoas, buscando um aprofundamento da problemática. Os dados quantitativos foram submetidos a análises descritivas, análises fatoriais exploratórias, análises de correlação bivariada e análises de regressão múltipla padrão a fim de verificar a confiabilidade das escalas; os dados qualitativos foram submetidos a uma análise de conteúdo temática e agrupados por convergência, complementariedade e divergências. Com relação às crenças, o estudo evidenciou três fatores: cuidado com as praias ¿ pertinente a crenças ecocêntricas ¿, negação dos danos à natureza ¿ pertinente a crenças antropocêntricas ¿ e responsabilidade dos moradores locais ¿ fator sem valores significativos. No que se refere ao comportamento, as condutas consideradas ecológicas obtiveram alta frequência, ao passo que os comportamentos não ecológicos foram pouco pontuados. A análise de regressão hierárquica, ao relacionar comportamento ecológico e variáveis sociodemográficas, sexo e renda, emergiram como preditores: pessoas do sexo feminino e de maior renda mostraram-se mais ecológicas. Por outro lado, ao relacionar as variáveis sociodemográficas aos três fatores obtidos na escala de crenças, a variável idade passou a ser um preditor, indicando que quanto maior a idade do sujeito, mais ecológico é o seu comportamento. Com relação às crenças ambientais, o cuidado com as praias e a negação dos danos à natureza constituíram preditores de comportamento, o que reafirma a hipótese deste estudo. O fator ¿responsabilidade dos moradores locais¿ não apresentou predição significativa. Desse modo, conclui-se que as crenças ecocêntricas são efetivamente determinantes do comportamento ecológico, bem como o sexo feminino, a renda e a idade. Palavras-chave: Psicologia Ambiental. Crenças ambientais. Comportamento ecológico. Praia de Canoa Quebrada. |