Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Karbage, Sara Arcanjo Lino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/102149
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Resumo: |
Introdução. A incontinência urinária (IU) é mais comum em mulheres e afeta adversamente sua qualidade de vida (QV). Mulheres jovens e idosas podem relatar impactos diferentes na QV causados pela IU. Acredita-se que, além da idade, outros fatores, como o grau de instrução, a condição socioeconômica, o tipo e a severidade da IU podem influenciar na diferença de percepção dessa sintomatologia e no seu consequente impacto na QV. A função sexual pode estar afetada em mulheres com IU, porém os dados acerca dessa associação são controversos. O acometimento por outras disfunções do assoalho pélvico (DAP) também interfere na QV geral e sexual de mulheres com IU. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi avaliar a QV de mulheres com IU, e sua relação com as características sociodemográficas e sanitárias e a repercussão na atividade sexual. Métodos. Estudo transversal, com 251 mulheres com IU, no período de abril a junho de 2014. A coleta de dados aconteceu por meio de entrevista, cujo roteiro conteve os dados sociodemográficos e sanitários e os relacionados às características das DAP. Aplicaram-se três instrumentos de QV: um geral - o Medical Outcomes Study ? 36-item short-form (SF-36), e dois específicos - o King?s Health Questionnaire (KHQ) e o Pelvic Organ Prolapse / Urinary Incontinence Sexual Questionnaire (PISQ-12). Testes não paramétricos foram utilizados para verificar associação entre as variáveis sociodemográficas e sanitárias e os escores do KHQ. As mulheres foram divididas em dois grupos de acordo com a presença ou não de atividade sexual. As variáveis sociodemográficas e sanitárias, as características das DAP e os escores do SF-36 e do KHQ foram comparados entre os dois grupos. Posteriormente, verificou-se associação entre as variáveis sociodemográficas e sanitárias e as características das DAP com o escore total do PISQ-12, nas mulheres com vida sexual ativa. Para as variáveis contínuas, utilizou-se o teste de Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis, e para variáveis categóricas, o teste do qui-quadrado, considerando a diferença estatística de p < 0,05. Resultados. Mulheres jovens, na prémenopausa, com menos anos de estudo, obesas, com IU mista e IU coital foram as que apresentaram associação estatisticamente significante com maiores escores no KHQ, ou seja, pior QV. As mulheres com vida sexual tendem a ser mais jovens, estar na pré-menopausa, ter parceiro fixo e não ser hipertensa. Mulheres com atividade sexual referiram melhor QV geral no domínio de Capacidade Funcional, e pior QV específica no domínio das Relações Pessoais. A média do escore total do PISQ-12 foi 27,30. Mulheres que cursaram o Ensino Fundamental, com IU coital, com constipação moderada e com prolapso sintomático possuem pior função sexual. Mulheres com IU mista na pré-menopausa possuem pior função sexual do que as com IU de esforço. Independente da idade, mulheres com IU mista possuem pior QV geral (SF-36) e específica (KHQ). Conclusão. A percepção de QV das mulheres com IU varia de acordo com suas características sociodemográficas e sanitárias e com as características das DAP, com destaque para a idade e o tipo de IU. A associação entre disfunção sexual e IU merece atenção especial por parte dos profissionais de saúde. O cuidado com a manutenção ou restauração do bem-estar sexual deve ser oferecido a todas as mulheres, independente da idade, uma vez que a IU pode afetar a vida sexual e a QV dessas mulheres. |