Adolescência, figura cultural exemplar da posição transicional: paradigma do sujeito moderno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Almeida, Mércia Cristian Sousa de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/74255
Resumo: Objetivamos no presente trabalho estabelecer um paralelo entre adolescência e sujeito moderno. Trata-se de um estudo realizado a partir do referencial psicanalítico em interlocução com a antropologia. Esta articulação entre psicanálise e antropologia, parte do princípio de que a subjetividade é eminentemente histórica e que deve ser pensada como uma ?acontescência?, ou seja, um interjogo permanente entre sujeito e cultura. Dessa forma adotamos, mais precisamente, a psicanálise na visão Winnicottiana, que nos ajudou a pensar na constituição subjetiva, dando a devida importância à dinâmica do ambiente particular e social. No primeiro momento do estudo situamos a problemática da adolescência em torno da questão de lugar e função social. Ou seja, a questão da transicionalidade ?entre? a família e o social, a tradição e o futuro, a partir das categorias de ruptura, transição, risco, instabilidade e criatividade. Em seguida examinamos em que medida o sujeito moderno pode ser visto à luz destas categorias, considerando que o adolescente como um ?espelho? e testemunho desta condição social que exige um trabalho contínuo de reorganização de seu estar no mundo. Por fim, articulamos os modos de subjetivação do sujeito contemporâneo, baseando-se nas formulações de Winnicott sobre o fenômeno transicional. Diante disso, concluímos que a adolescência é uma figura cultural com o potencial de inovação, que fala de forma precisa do processo de subjetivação na atualidade. Portanto, vimos que o ambiente cultural da Modernidade possibilitou plurais formas de existência e que pode ser vista em duas vertentes: num modo imaturo de submissão e dependência ao seu meio ou constituir-se de forma criativa e de abertura ao novo, que diz respeito tanto às realizações pessoais, quanto a uma coexistência na coletividade.