Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Lins, Lucila Cavalcante |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/100055
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Resumo: |
O presente estudo procurou identificar os fatores de risco para o abandono de tratamento da tuberculose no cenário da atenção básica de saúde e elaborar um escore preditivo do abandono do tratamento da doença, a ser aplicado em pacientes em tratamento na atenção primária de saúde. Realizou-se um estudo observacional prospectivo, realizado em 10 unidades de atenção primária à saúde, responsável por tratar pacientes com tuberculose na Regional II de Fortaleza. Foram entrevistados 109 indivíduos com questionário estruturado. Estudaram-se as variáveis selecionadas segundo características sócio-demográficas e econômicas (sexo, idade, estado civil, nível de escolaridade, renda familiar, situação empregatícia) e comportamentais (consumo de tabaco, de álcool e de outras substâncias ilícitas), e a acessibilidade aos cuidados de saúde na unidade. O desfecho considerado foi o abandono ao tratamento, segundo definição do Ministério da Saúde. Os pacientes elegíveis para este estudo foram os > 18 anos de idade, que tiveram diagnóstico de tuberculose e que não faziam o tratamento diretamente observado. O período de inclusão no estudo foi de agosto de 2012 a fevereiro de 2013. A média de idade encontrada foi de 39,2 desvio padrão de 15 anos. Dos pacientes, 53,2% eram do sexo masculino, sendo um paciente HIV- positivo. 78 % tinham renda mensal inferior a um salário mínimo e 23,8% dos pacientes em estudo abandonaram o tratamento, sendo o abandono mais comum em jovens, homens e tabagistas ativos, usuários de álcool e outras drogas ilícitas. Os pacientes não aderentes tinham geralmente renda inferior a um salário mínimo e viviam sem companheiro. Não houve associação entre a adesão ao tratamento e o nível de escolaridade. Foram identificados como fatores de risco independentes para o abandono do tratamento da tuberculose: sexo masculino, tabagismo ativo, receber menos de um salário mínimo mensal e viver sem um companheiro. Baseado nos coeficientes independentes de cada fator de risco, criou-se um escore preditivo ? escore de abandono. O escore de abandono apresentou capacidade discriminatória de 0,863 (p<0.001). O escore preditivo do abandono ao tratamento da TB deve ser aplicado, tendo em vista o perfil da população estudada, que faz parte da clientela das Unidades Primárias de Saúde, em que predomina uma população com baixa condição sócio econômica. A aplicação do escore preditivo deve ocorrer no ato da admissão do paciente ao Programa Nacional de Controle da Tuberculose com o intuito de subsidiar as ações de saúde necessárias ao controle local da endemia. |