Vida e morte em Fortaleza: experiência traumática e subjetivação de atos violentos sofrido em espaços públicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Cunha, Thiago Costa Matos Carneiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/96820
Resumo: A violência vivenciada nas ruas das grandes metrópoles do Brasil é uma realidade e traz repercussões ao sujeito. Os espaços públicos se apresentam como o lugar por excelência do laço social. Todavia, como a violência sofrida nos espaços públicos, enquanto experiência traumática, exerce influência nas formas de subjetivação do viver na cidade de Fortaleza? O presente trabalho resgata os discursos de vítimas da violência em espaços públicos que foram à delegacia prestar o Boletim de Ocorrência (B.O.). Os analisa a partir de quatro referenciais: 1. o medo da morte ou da violência no cotidiano (a ameaça nos espaços públicos da cidade); 2. as impressões das leis e das instituições (o corpo político da cidade); 3. os sentidos da vida em comunidade (o laço social da cidade); 4. as saídas apontadas para o quadro da violência instalada (a harmonia da cidade). Propõe uma metodologia de pesquisa intervenção em psicanálise, a partir de uma técnica de escuta das vítimas, a qual demonstrou ser um instrumento de grande utilidade às pesquisas que têm por objetivo trabalhar temáticas relacionadas ao social. Os resultados indicam que a violência sofrida nos espaços públicos se apresenta como causadora de novas formas de subjetivação do viver, a partir do efeito da experiência traumática vivenciada nos espaços públicos. Potencializa os efeitos da violência sistêmica, encontrada no referencial discursivo capitalista da contemporaneidade, aumenta o nível de angústia no sujeito e constitui comportamentos e sintomas que se aproximam de patologias relacionadas à paranóia, à neurose obsessiva e à fobia. Palavras-chave: Violência; Vida e Morte; Subjetivação; Experiência Traumática; Espaço Público; Pesquisa intervenção em Psicanálise.