Prefiro ir de bicicleta: um estudo sobre mobilidade a partir de experiências cotidianas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Cruz, Renata Rôla Monteiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/108841
Resumo: Este estudo investigou a utilização da bicicleta como meio de transporte nos deslocamentos cotidianos, com o objetivo de compreender o que levou os usuários a optarem por utilizá-la como modal prioritário. Fundamentou-se nos aportes teóricos da Psicologia Ambiental pois, entende-se que as relações estabelecidas no contexto urbano constituem um cenário complexo e são bidirecionais, onde a pessoa afeta o ambiente e, é concomitantemente afetada por ele. Os dados resultaram de 12 entrevistas com ciclistas urbanos em Fortaleza, e foram tratados por meio de Análise de Conteúdo, após classificação feita pelo programa IRAMUTEQ. Encontrou-se que a principal motivação foi evitar o uso do carro e do ônibus, sobretudo por questões relativas ao desgaste no trânsito com engarrafamentos, perda de tempo e prejuízos para a saúde física e mental. A bicicleta foi percebida como um veículo ágil, prático, econômico e versátil, pois permite realizar deslocamentos em tempos mais curtos, possui baixo custo de aquisição e manutenção, além de permitir paradas a qualquer hora e lugar. Ademais, os entrevistados destacaram os benefícios da prática de exercícios, da perda de peso, da disposição para o trabalho e o prazer em sentirem-se livres ao pedalar. No entanto, como desvantagens apontaram o calor e o sol intenso em determinadas horas do dia, a imprudência dos motoristas, o desrespeito aos ciclistas e o preconceito em relação à bicicleta, classificada como transporte de `pobre¿, por ser um veículo tradicionalmente utilizado pelas classes operárias. Por outro lado, este modal apresentou-se como transformador das relações na cidade, já que o contato e a percepção do ambiente são capazes de promover maior identificação e vinculação dos indivíduos com o lugar. Esses sentimentos, possibilitaram aos ciclistas, ampliar suas vivências, traduzindo-as em um maior senso de segurança e tranquilidade, ao sentirem-se mais integrados, apropriados e felizes ao usufruírem a cidade. Palavras-chave: cidade; bicicleta; Psicologia Ambiental; mobilidade; acessibilidade.