Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Renata Carneiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/126826
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Resumo: |
A violência escolar tem despertado o interesse crescente de pesquisas em âmbito mundial, não somente pelo fato das situações cotidianas de violência que são registrados nas escolas, mas pelo local em que as agressões ocorrem, pois, a escola é um lugar de convívio e aprendizado. Neste escopo, a experiência na vitimização da violência desempenha um papel importante na formação escolar do adolescente, como também as suas consequências e os danos causados são preocupantes e devastadoras para a sua saúde. Mediante as situações de violência e o que elas podem causar, se fazem necessários projetos, programas e/ou ferramentas que apoiem o enfrentamento do problema. Neste sentido, a pesquisa visa desenvolver, validar e utilizar uma ferramenta tecnológica baseada em aplicativo e sistema web que sirva de canal para registro da violência praticada entre alunos, alunos/funcionários e alunos/professores, no ambiente escolar, quer sejam vítimas, testemunhas ou agressores, a fim de facilitar o processo de denúncia da violência e acompanhamento das ações de enfrentamento e em consequência combater as situações de violências. Estudo metodológico, desenvolvido em três fases: Estudo e Concepção de um Sistema m-Health; Laboratorial de Desenvolvimento do artefato Tecnológico e Avaliação de um sistema e-Health. O desenvolvimento e a avaliação do Sistema Tecnológico foram realizados no Núcleo de Aplicação em Tecnologia da Informação (NATI) da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), o desenvolvimento do sistema com a equipe técnica e a avaliação com 11 especialistas, e a avaliação de campo foi realizada nas escolas municipais de Fortaleza, com os alunos e gestores das escolas. O processo metodológico da pesquisa foi realizado no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. Os dados foram analisados no SPSS versão 23.0, utilizando o IVC e o alpha de Cronbach; bem como tempo mediano e desvio padrão para variáveis quantitativas. Os dados qualitativos foram analisados de acordo com Bardin (2011). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética, sob o parecer 79751817.5.0000.5052. Para os resultados primeiramente utilizou-se a ferramenta benchmarking para revisão integrativa de apps móveis. Verificou-se 13 apps na plataforma Google Play, 11 aplicativos no App Store e 05 apps em ambas plataformas, totalizando 19 apps. Foram selecionados 10 aplicativos para análise comparativa, assim, definindo as funcionalidades do aplicativo concebido. Posteriormente, foi desenvolvido um Sistema e-Health Bullying Não. Adolescentes de 11 a 18 anos, demonstraram a avaliação positiva em relação a usabilidade do aplicativo. Na validação pelos especialistas, evidenciou a confiabilidade interna alta (Alfa de Cronbach = 0,960; 0,949; 0,943) para o conteúdo (motivação, linguagem, finalidade), estrutura, aparência do app e do sistema web e relevância do sistema tecnológico, respectivamente. Em terceiro, na avaliação de campo, os alunos tiveram acesso ao aplicativo para fazer denúncias de violência na escola e por conseguinte o enfrentamento e apoio dos gestores pelo sistema web. Foram realizados 114 downloads, destes 17 alunos (14,9%) completaram o cadastro para realizar denúncias. Seis alunos fizeram denúncias e ao todo foram realizadas 14, ou seja, um aluno realizou mais de uma denúncia. Das 14 denúncias apenas sete foram respondidas pelos coordenadores das escolas. Nas denúncias observou-se que as agressões verbais são as mais comuns, marcadas por preconceitos e discriminações. Os colegas de sala ao testemunharem esses tipos de violência sentem-se mal com a situação. Evidenciou-se a falta de tomada de posição e conduta reativa contra a violência dirigida ao aluno por parte da coordenação da escola, pois não houve resposta ou uma resposta coerente e de enfrentamento com o relato. Conclui-se que o Sistema Bullying Não fornece informações úteis sobre a ligação entre a experiência de violências e a eficácia de enfrentamento, apesar do apoio dos gestores ter sido frágil. Essas descobertas preliminares sugerem que os smartphones têm grande potencial como ferramentas válidas e úteis para o enfrentamento da violência no espaço escolar. Palavras-chave: Violência. Estudos de Validação. Adolescente. Tecnologia da informação. Bullying. |