Extrato de urucum e β-caroteno alteram a sinalização redox em neutrófilos de ratas diabéticas através da regulação da expressão gênica da NADPH oxidase, superóxido dismutase e catalase.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rossoni Júnior, Joamyr Victor
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3168
Resumo: Urucum (Bixa orellana L.) contém uma mistura de pigmentos amarelo-avermelhado devido à presença de vários carotenóides que possuem efeito antioxidante. É bem estabelecido que um dos elementos chave no desenvolvimento das complicações do diabetes é o estresse oxidativo. O sistema imunológico é vulnerável a danos oxidativos, porque algumas células desse sistema, tais como neutrófilos, produzem espécies reativas de oxigênio (EROs) e espécies reativas de nitrogênio (ERNs) como parte dos mecanismos de defesa do organismo para destruir os patógenos invasores. EROs/ERNs são produzidos excessivamente por neutrófilos podendo danificar componentes celulares essenciais e dessa forma causar as complicações vasculares no diabetes. Esse estudo avaliou os possíveis efeitos protetores do extrato de urucum sobre as EROs, óxido nítrico (NO) e sobre os mecanismos regulatórios envolvidos neste processo em neutrófilos de ratas diabéticas induzidas por aloxano. Foram feitos dois experimentos, com duração de 30 ou 7 dias, e em cada foram utilizados 48 ratas que foram divididas em seis grupos, a saber: controle (C), controle + extrato de urucum (CUr), controle + β-caroteno (Cβcar), diabético (D), diabético + extrato de urucum (DUr) e diabético + β-caroteno (Dβcar). O diabetes foi induzido com uma injeção intraperitoneal única de aloxano (150 mg/Kg). Os animais dos grupos C e D receberam dieta padrão (AIN-93M) e os grupos CUr, Cβcar, DUr e Dβcar receberam dieta padrão suplementada com 0,1% de extrato de urucum ou β-caroteno. Todos os animais foram sacrificados 30 ou 7 dias depois do início do tratamento e os neutrófilos foram isolados usando dois gradientes de densidade diferentes. As EROs e NO foram quantificados por ensaios de quimioluminescência ou espectrofotometria, respectivamente. No experimento de 30 dias, nossos resultados mostraram que os neutrófilos de animais diabéticos produziram significativamente mais EROs e NO do que seus respectivos controle e a suplementação com extrato de urucum ou β-caroteno foi capaz de modular a produção dessas espécies reativas. No experimento de 7 dias, os resultados mostraram que o tratamento com extrato de urucum ou β-caroteno foi capaz de diminuir a produção de EROs, os níveis de mRNA de p22phox e p47phox e aumentar a expressão do mRNA e a atividade de SOD e catalase em neutrófilos de ratas diabéticas. Esses resultados sugerem que o extrato de urucum e o β-caroteno possuem efeito antioxidante via inibição das subunidades da NADPH oxidase e aumento da atividade e expressão das enzimas antioxidantes. O extrato de urucum pode ter um potencial terapêutico na modulação do balanço EROs/NO induzidos pelo diabetes.