Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maísa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2919
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Resumo: |
O ferro está envolvido na formação de espécies reativas de oxigênio e tem sido postulado que o estresse oxidativo decorrente de uma sobrecarga de ferro está relacionado às complicações observadas no diabetes. O papel do ferro nesta patogênese tem sido sugerido principalmente pelo aumento da incidência de diabetes tipo 2 em diversas causas hereditárias de sobrecarga de ferro, como na hemocromatose. Há uma relação bidirecional entre os metabolismos de glicose e ferro, dessa forma a hiperglicemia pode contribuir para intensificar o estresse oxidativo desencadeado pelo ferro. Em alguns trabalhos, mas não em todos, parâmetros do status de ferro, como ferritina e saturação de transferrina, apresentam- se alterados em pacientes com diabetes tipo 2. Não está claro se esta relação também ocorre em pacientes com diabetes tipo 1 ou em indivíduos com uma sobrecarga de ferro adquirida, como por exemplo suplementação indiscriminada de ferro. Este estudo avaliou alterações na homeostase de ferro, carboidratos e lipídios e relacionou mecanismos moleculares envolvidos na inter-relação entre diabetes e ferro em modelos animais distintos. Os resultados mostraram que o hamster foi um melhor modelo experimental. Verificamos neste modelo uma potencialização dos níveis glicêmicos no diabetes causado pela suplementação com ferro, além do efeito do diabetes na homeostase do ferro. Assim, este modelo foi mais sensível em demonstrar a relação bidirecional entre o metabolismo de glicose e ferro. Por outro lado, verificamos que o aumento da expressão do mRNA do gene para PPAR alfa no fígado provocado pelo diabetes, não foi agravado pelo excesso de ferro, corroborando com alguns parâmetros do estresse oxidativo dosados no fígado destes animais. Em ratos observamos alterações no metabolismo de ferro causadas pelo diabetes. A expressão do mRNA hepático do receptor de transferrina foi aumentada pelo diabetes, porém a interação dos dois fatores ocasionou um aumento do mRNA da hepcidina, sugerindo que a homeostase do ferro é alterada pelo diabetes e níveis de ferro no organismo. Este trabalho possibilitou um entendimento maior da relação entre diabetes e excesso de ferro, revelando a capacidade do ferro em potencializar o diabetes, possivelmente devido sua capacidade pro-oxidante. |