Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Branquinho, Renata Tupinambá |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/7248
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Resumo: |
Os objetivos deste trabalho foram isolar desenvolver, caracterizar e validar formulações farmacêuticas nanoestruturadas (NC) com lactona sesquiterpênica (LS), licnofolida (LIC) obtida de Lychnophora trichocarpha com atividade anti- T.cruzi “in vitro”. Partes aéreas da planta foram coletadas e secadas e suas frações acetato de etila separadas em coluna cromatográfica de sílica gel até a obtenção da LIC pura. A LIC foi caracterizada pelo ponto de fusão e RMN. As NC foram utilizadas como estratégia para melhorar sua eficácia, alterar sua biodistribuição e reduzir os efeitos tóxicos sendo preparadas com o polímero de poli-ε-caprolactona (PCL) por deposição interfacial do polímero pré-formado, caracterizadas por análise do tamanho médio das partículas (243nm) e índice de polidispersão (<0,15) determinados por espectroscopia de correlação de fótons, o potencial zeta (-52,7mV), morfologia determinada por microscopia de força atômica. A dissolução de LIC in vitro revelou ser lenta e se completou em 24h. A liberação do LIC das NC foi feita pelo método de diálise reversa em condições equilíbrio. Uma reduzida liberação foi observada quando comparada a LIC livre alcançando 97% de dissolução em 48h. Foram desenvolvidos e validados dois métodos de quantificação da LIC por CLAE com detector DAD e espectrofotometria por UV, ambos a 265nm. A eficiência de encapsulação foi de aproximadamente 100%, confirmando a afinidade da LIC pelo núcleo oleoso usando as metodologias de quantificação mencionadas. Os estudos “in vivo” foram realizados em camundongos Swiss tratados via oral e o benznidazol (BZ) foi utilizado como fármaco de referência. O efeito das diferentes formulações (NC-LIC, LIC free, BZ 25mg, BZ 50mg) foi estudado em grupos de oito camundongos inoculados com 10.000 tripomastigotas sanguíneos das cepas CL, Y e Colombiana, consideradas suscetíveis, parcialmente resistentes e resistentes ao tratamento com BZ, respectivamente. As formulações com LIC foram administradas em doses de 2,0mg/Kg por 10 dias. Grupos controle tratados com DMA-PEG, NC brancas e não tratados foram avaliados em paralelo. A eficácia do tratamento foi avaliada por hemocultura, PCR e ELISA. Animais infectados com a cepa CL e Y de T.cruzi tratados com a formulação NC-LIC apresentaram redução significativa da parasitemia que se manteve subpatente a seguir. Uma porcentagem média de 50% dos animais foi curada parasitologicamente e 100% sobreviveram até serem necropsiados seis meses pós-tratamento. Uma percentagem de 16,5% dos animais infectados com estas cepas e tratados com LIC também foi curada. Nos animais infectados com a cepa Colombiana uma redução mais intensa da parasitemia foi observada em relação a outras formulações estudadas, incluindo o tratamento com BZ, seguida de um significativo aumento da sobrevida dos animais. Os dados demonstraram pela primeira vez o efeito da LIC “in vivo” e que as NC com LS aumentaram sua eficácia terapêutica. Este trabalho demonstrou ainda que LIC é uma droga potente e que uma melhora do esquema terapêutico poderá ser o objetivo maior de futuras investigações. |