Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Diniz, Lívia de Figueiredo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3270
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Resumo: |
O Ravuconazol é um derivado triazólico de quarta geração que possui potente atividade antifúngica e intensa atividade anti- Trypanosoma cruzi in vitro. Neste estudo foi avaliada a atividade do Ravuconazol in vivo contra as cepas Y e Berenice-78 do T. cruzi, utilizando cães na fase aguda da doença como modelo experimental. A droga foi bem tolerada e não foram observadas reações adversas durante o tratamento utilizando 12,0 mg de Ravuconazol por quilograma de peso corporal durante 90 dias. Em todos os animais a parasitemia foi permanentemente suprimida a partir do primeiro dia de tratamento, independentemente da cepa do parasito. A hemocultura realizada trinta dias após o término do tratamento foi negativa em todos os animais, confirmando a acentuada redução da carga parasitária induzida pela droga. Em acordo com esses resultados, a técnica de PCR realizada um mês após o tratamento revelou resultados negativos em 3/5 e 2/5 dos animais infectados com as cepas Y e Be-78, respectivamente. O tratamento levou à redução significativa nos níveis de anticorpos anti-T.cruzi no sangue dos cães, sendo não detectáveis em alguns períodos enquanto a pressão da droga foi mantida; porém, após o término do tratamento, os níveis de IgG total e IgG2 elevaram-se novamente; indicando que a cura parasitológica não foi alcançada. Entretanto, mesmo não sendo capaz de induzir a cura parasitológica, o tratamento com Ravuconazol levou à redução significativa das lesões cardíacas e da expressão de mRNA para IFN- no tecido cardíaco nos animais infectados com a cepa Y, enquanto a expressão de IL-10 foi aumentada. Deste modo, conclui-se que o Ravuconazol possui potente atividade supressiva, mas não curativa no modelo agudo da doença de Chagas canina, provavelmente devido às propriedades farmacocinéticas desfavoráveis nesse modelo (tempo de meia-vida de 8,8 horas). Em humanos, o perfil farmacocinético da droga é mais favorável (tempo de meia-vida de 120 horas), fazendo desse composto um forte candidato à quimioterapia da doença de Chagas humana. |