Fatores clínicos, nutricionais, comportamentais, polimorfismo Pro12Ala do receptor ativado por proliferadores de Peroxissomos Gama (PPARG) e risco de câncer de mama : um estudo caso-controle.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Pena, Geórgia das Graças
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2573
Resumo: O câncer de mama (CM) é o segundo tipo mais freqüente no mundo e o primeiro entre as mulheres, com aumento do número de novos casos por ano, sendo considerado, portanto, problema de saúde pública mundial. Por ser uma patologia multifatorial, as pesquisas têm investigado o papel dos fatores dietéticos, ambientais e genéticos e sua relação na modulação do CM. O PPARG, um gene envolvido no metabolismo energético, do tecido adiposo e na resposta à inflamação, apresenta um polimorfismo que constitui na substituição de uma prolina por uma alanina no códon 12 do exon B, sendo descrito na literatura com uma provável influência no câncer. Foi realizado estudo caso-controle, mascarado, baseado em hospital, com o objetivo de avaliar a interação entre fatores clínicos, nutricionais e o polimorfismo Pro12Ala de PPARG e o risco de CM. Foi aplicado questionário para obtenção de dados clínicos, gineco-obstétricos, de consumo alimentar e de hábitos de vida, além da genotipagem do polimorfismo. A amostra foi composta por 654 mulheres entre 12 e 92 anos, sendo que a maior parte não era solteira (75,10%), prestava serviço doméstico (54,50%) e apresentava baixa escolaridade (64,0%). A distribuição da população de acordo com a presença do CM, doença benigna da mama ou controles foi de 255 (39,0%), 220 (33,6%) e 179 (27,4%), respectivamente. Os fatores que aumentaram o risco de CM na análise univariada foram: a idade maior que 51 anos, baixa renda, nuliparidade, não amamentação, menopausa e sedentarismo. Na avaliação da relação do polimorfismo com os fatores antropométricos, foi observada que os indivíduos que apresentavam genótipo CG ou GG possuíam altura média superior aos indivíduos que apresentavam genótipo CC, independente do diagnóstico. A avaliação do consumo dietético de calorias e lipídios não demonstrou relação de risco no desenvolvimento do CM, independente do genótipo. Através da análise por regressão logística, as variáveis que explicam a ocorrência do CM nesta população são o sedentarismo, baixa renda, não amamentação e menopausa. A estratificação por estado menopausal demonstrou que o etilismo é um fator de risco na pós-menopausa e a não amamentação se mantém como um fator de risco para CM na pré-menopausa. Assim, foi observado que o risco de CM nesta população está relacionado a fatores hormonais (menopausa e ausência da amamentação), e a fatores ambientais e de estilo de vida como a baixa renda e sedentarismo, não sendo alterado pela ingestão dietética de calorias e lipídios e nem modulado pelo polimorfismo Pro12Ala de PPARG.