Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Fróes, Cláudia Lauria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3314
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Resumo: |
O Limnoperna fortunei é um molusco bivalve de água doce, originário do Sudeste Asiático. Conhecido como mexilhão dourado, esse organismo em pouco tempo se dispersou por várias bacias hidrográficas da Argentina, Brasil, Paraguai, Bolívia e Uruguai, causando grandes prejuízos ambientais e econômicos. No Brasil, esta espécie tem causado grandes prejuízos a sistemas de captação de água e usinas hidrelétricas. No presente trabalho, foi realizado um estudo sobre os padrões de rompimento do bisso do Limnoperna fortunei e das estruturas envolvidas no mecanismo de adesão do mesmo a substratos. O estudo das estruturas envolvidas no mecanismo de adesão foi realizado através de análises histológicas. Estas mostraram a presença de inúmeras vilosidades, pêlos e muco em toda a superfície externa do pé, o que aumenta a superfície de contato e conseqüentemente a adesão ao substrato. O pé do Limnoperna fortunei é formado por um tecido de preenchimento com diferentes tipos celulares envolvidos nos mecanismos de adesão e locomoção. O bisso do Limnoperna fortunei é produzido por uma região formada por vários canalículos que conduzem a secreção adesiva até o exterior. O ponto de projeção do bisso no corpo do mexilhão dourado é uma região reforçada por fibras de colágeno, o que mantém o bisso fortemente aderido ao corpo animal. O bisso do Limnoperna fortunei é constituído por um eixo principal do qual partem filamentos secundários. Para o estudo do padrão de rompimento, foram selecionados 3 diferentes tipos de materiais para a fixação de mexilhões dourados: cobre, teflon e vidro. O cobre provocou efeito letal em 100% dos mexilhões testados. A falha adesiva ocorreu apenas no teflon. Os filamentos dos bissos aderidos ao vidro e ao teflon romperam em duas regiões distintas: uma próxima ao corpo - região X e outra distante do corpo - região Y. Foram observados também, nestes filamentos, dois tipos distintos de rompimento: superfície estirada de ruptura tipo estricção e superfície plana de ruptura transversal. O estudo histológico e dos padrões de rompimento servirão de base para trabalhos posteriores que envolvam a resistência dos mexilhões à forças de tração aplicadas à sua remoção mecânica, bem como o conhecimento básico das estruturas envolvidas no mecanismo da adesão para aplicações em outras áreas de estudo. |