Manejo, extração, uso e beneficiamento da palha do tucumã por mulheres da reserva extrativista Tapajós-Arapiuns, Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, Andrea Araújo da lattes
Orientador(a): VIEIRA, Thiago Almeida lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: CENTRO DE FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/619
Resumo: O objetivo deste estudo é analisar os aspectos do manejo, extração, produção e comercialização de artesanato da palha do tucumã realizado por artesãs na comunidade de São Miguel, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns (Pará, Brasil), enfatizando a contribuição econômica, social e ambiental da atividade. Para esta pesquisa, foram realizadas entrevistas semiestruturas, visando obter informações referentes aos dados pessoais, perfil socioeconômicos das famílias das artesãs e informações sobre a matéria prima e suas principais utilizações. A confecção de artesanato da palha de tucumã é um processo coletivo de criação e reafirmação contínua da identidade da região, que envolve técnicas do conhecimento tradicional e saberes indígenas. O artesanato proveniente da palha do tucumã é comercializado em lojas localizadas em Santarém e em praias próximas a Resex para turistas que frequentam a região. Para a confecção do artesanato, é necessário a realização de cinco etapas que são a coleta da guia, retiradas dos talos e espinhos, secagem, pigmentação e produção das peças. A coleta da palha de tucumã inicia pela retirada de uma guia de cada touceira da palmeira, sendo possível nova coleta após 45 dias. O processo de secagem da matéria prima, se dá de duas formas: utilizando a luz do sol; e utilizando o forno de torrar farinha em temperatura elevada. Após a secagem da matéria prima, ocorre a pigmentação das palhas, que é realizado no quintal das casas das artesãs com corantes naturais, extraídos a partir de plantas encontradas na região. Após a pigmentação, é realizado a produção das peças de artesanato, em que são fabricados principalmente porta joias, biojoias, porta lápis, bandejas, luminárias e cestarias. De maneira geral, o artesanato com a palha do tucumã era uma importante fonte de renda complementar, mas com o passar do tempo essa atividade vem se tornando a fonte de renda principal das famílias, contribuindo de maneira significativa para a melhoria da qualidade de vida do grupo familiar das artesãs.