Composição química e atividades antimicrobiana e antioxidante do óleo essencial de Myrcia sylvatica (G.Mey.) DC. (Myrtaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SILVA, Leomara Andrade da lattes
Orientador(a): MOURÃO, Rosa Helena Veras
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia
Departamento: Instituto de Engenharia e Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/118
Resumo: Myrcia sylvatica (Myrtaceae), conhecida popularmente como ginja, vassourinha, ou pedra ume caá, é uma espécie arbustiva de ocorrência comum principalmente em savanas de Santarém, Pará. Por seu uso ser bastante diversificado na região, e ainda ser uma espécie com poucos estudos em relação a atividade biológica, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química e as atividades antimicrobiana e antioxidante do óleo essencial de Myrcia sylvatica (OEMS) em função da biomassa fresca e/ou seca. Foram realizadas análises do OEMS de folhas frescas e secas por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CG/EM), e realizada a atividade antimicrobiana das mesmas amostras frente a cepas de bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e leveduras. Para avaliar a capacidade antioxidante, foi utilizado o OEMS de folhas frescas, empregando os métodos: DPPH, ABTS, FRAP e β-caroteno. O OEMS de folhas frescas e secas apresentou como seus principais compostos 1-epi-cubenol, ar-curcumeno, cadaleno, β-selineno, β-calacoreno, cis-calameneno, ar-tumerol, muscatona, δ-cadineno, e cubenol. E quando avaliada a atividade antimicrobiana das duas amostras, houve inibição significativa, comparada ao padrão, somente para as bactérias Gram-positivas. O OEMS quando testado sua capacidade antioxidante foi capaz de reduzir o radical DPPH, com variação na inibição de 8,6 a 52,0 % e valor de IC50 = 1,94 ± 0,12 mg/mL em 60 minutos de reação e de capturar o cátion radical ABTS com valor de TEAC de 32,85 ± 0,86 μM de trolox/g de amostra de OEMS. No método FRAP, apresentou valor de z= 193,47 ± 2,63 de μM de sulfato ferroso/g de OEMS, em 45 minutos de reação. No sistema do β-caroteno/ácido linoleico, o óleo essencial inibiu 26,1% da oxidação do β-caroteno em 120 min de reação. O óleo essencial de M. sylvatica em sua composição química possui maior porcentagem de sesquiterpenos cíclicos. O mesmo apresenta potencial antimicrobiano contra bactérias Gram-positivas independente do processamento das amostras (folhas frescas ou secas) e capacidade antioxidante, embora sendo baixa quando comparado aos padrões. De acordo com a pesquisa realizada amplia-se o conhecimento acerca da espécie, destacando o uso do OEMS para o desenvolvimento de novos fármacos com propriedades antimicrobiana e antioxidante.