Evidências morfológicas sustentam divergência evolutiva mediada por alagamento sazonal de florestas na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: https://orcid.org/0000-0003-0092-0782 lattes
Outros Autores: COELHO, Ana Maria de Sousa
Orientador(a): SANTOS JÚNIOR, Alfredo Pedroso dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Instituto de Ciências e Tecnologias das Águas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/573
Resumo: Variações espaciais em características morfológicas emergem em resposta a diferentes pressões seletivas experimentadas quando a distribuição geográfica cruza habitats heterogêneos. Em habitats sazonalmente alagados, a adaptação animal é visivelmente demonstrada pela capacidade de nadar entre topos de colinas que formam ilhas durante a inundação, ou pela capacidade de escalar as copas das árvores acima do nível da água. Nós notamos que uma serpente terrestre amplamente distribuída é forçada a escalar as copas das árvores em florestas de várzea inundadas do leste da Amazônia. Nós testamos a hipótese de que a inundação sazonal de hábitats seleciona morfotipos pelos níveis de adaptação para usar as copas das árvores como sítios de forrageamento e repouso. Medimos sete variáveis morfológicas em 30 espécimes de Bothrops atrox de florestas alagáveis de várzea e 25 espécimes de florestas não alagáveis de terra firme. Modelos de Análise Discriminante de Componentes Principais (DAPC) separados por sexo mostraram diferenças morfológicas entre esses tipos de hábitat, os quais foram independentes de distância geográfica. Encontramos cauda mais longa e cabeça mais larga em fêmeas, cabeça mais baixa e corpo mais esguio em machos das florestas de várzea amostradas. Apesar das divergências em características morfológicas selecionadas terem sido enviesadas por sexo, nossos resultados convergem para seleção natural em direção à especialização para vida arborícola em hábitats sazonalmente alagados. Em última análise, mostramos um estágio intermediário de divergência evolutiva, embora um processo de especiação não seja claro como em populações isoladas em ilhas.