Histórico de uso e estrutura da vegetação arbórea das Ilhas Florestais em Alter do Chão – Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Jessé Gonçalves da lattes
Orientador(a): Susan, ARAGÓN
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Instituto de Engenharia e Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/584
Resumo: Este trabalho teve como objetivo principal avaliar e relacionar o efeito da ação antrópica sobre a estrutura arbórea das ilhas florestais (IF) da Área de Proteção Ambiental (APA) de Alter do Chão, localizada em Santarém, Pará, Brasil. Construiu-se um indicador de perturbação antrópica com entrevistas semiestruturadas para classificar as IF quanto ao grau de perturbação antrópica e comparar as IF menos perturbadas e mais perturbadas por pares, controlando o tamanho e a distância da floresta contínua. Foram entrevistadas 15 pessoas que moram na região há mais de 30 anos. Com as entrevistas também se conheceu as principais espécies florestais úteis e seus usos. Mediu-se árvores dentro de parcelas com área de 10x250 m. As árvores medidas nos dois primeiros metros de largura a partir da linha central tinham diâmetro à altura do peito DAP≥1 cm, nos outros oito metros restantes foram medidas árvores com DAP≥10 cm. O valor de uso (VU) das espécies florestais úteis foi determinado pela divisão do número de usos da espécie pelo número de entrevistados. Mediu-se 2.334 árvores com média de 172 indivíduos (± 52,08) por IF mais perturbadas e 215 (± 87,71) por IF menos perturbadas; média de área basal 32899,89 cm² (± 13497,89) nas IF mais perturbadas e 44391,83 cm² (± 10882,29) nas IF menos perturbadas. As espécies florestais mais úteis conforme os entrevistados foram: Camaen (Casearia commersoniana Cambess), com VU= 6 e Carapucuzeiro (Myrcia hatschbachii D. Legrand), com VU=5,8, como usos madeiráveis. As espécies com usos não madeiráveis mais importantes foram: Carapanaúba (Aspidosperma macrocarpon Mart.), com VU=3 e Envira Branca (Cochlospermum orinocense (Kunth) Steud), com VU=2. As espécies úteis estão mais presentes nas IF menos perturbadas e de maior tamanho. Em três pares de IF a média da área transversal (AT) foi maior naqueles menos perturbadas. Nas IF mais perturbadas há menos espécies florestais úteis e têm área basal total menor, mas testes estatísticos feitos para comparar as suas estruturas arbóreas não foram significantes.