Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Leonia da Conceição de
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Orientador(a): |
DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biociências
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Departamento: |
Instituto de Biodiversidades e Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/476
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Resumo: |
A malária é uma doença causada por protozoários do gênero Plasmodium e apresenta-se como um grave problema de saúde pública em países subdesenvolvidos. A malária cerebral (MC) é a patologia mais grave que pode resultar da infecção por P. falciparum nos humanos e caracteriza-se por uma variedade de manifestações clínicas, que incluem alterações do nível de consciência, diferentes sinais neurológicos focais, além de alterações cognitivas e comportamentais. No município de Oriximiná é comum o uso de plantas medicinais para o uso de várias doenças, incluindo a malária. Realizou se um estudo prévio em duas comunidades quilombolas do Município de Oriximiná/PA: Araçá de Fora (Rio Erepecurú) e Tapagem (Rio Trombetas), afim de, identificar os vegetais utilizados, a indicação do tratamento e as formas de preparo, através de visitas as comunidades. A partir desse estudo, observamos que a indicação do tratamento com Ampelozizyphus amazonicus Ducke – Saracuramirá- (A.a) foi citada como planta medicinal utilizada para o uso do tratamento da malária está presente em ambas as comunidades. A partir daí decidimos fazer um estudo experimental da planta. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito da A.a na evolução do quadro de Malária Cerebral murina e frente aos danos causados pela infecção com cepa ANKA de Plasmodium berghei (PbA). Para isso foram utilizados camundongos da linhagem C57BL/6, o qual foi inoculado (~106 de eritrócitos parasitados) via intraperitoneal. Os grupos foram divididos em: grupo malária (PbA) (n=14), grupo PbA + A.a 10 mg (n=14), grupo PbA +A.a 20mg (n=14), tratados por 8 dias consecutivos. O desenvolvimento da doença foi monitorado diariamente pela determinação da sobrevivência, massa corpórea e a parasitemia foi monitorada a cada três dias em distensões sanguíneas, e avaliamos ainda o peso do fígado de camundongos C57BL/6 no 10º dia pós infecção. Nossos dados demonstraram que o tratamento com A.a nas doses de 10mg/Kg e 20mg/kg diminuiu significativamente a mortalidade dos animais infectados uma vez que no 13º dia pós infecção 21,42% e 53,88% dos animais dos grupos A.a nas doses de 10mg/Kg e 20mg/kg respectivamente, estavam vivos, enquanto que o grupo infectado com PbA no 11º representava apenas 7,42% dos animais vivos. Em relação a massa corpórea não observamos perdas significativa entre os grupos, todos os grupos infectados perderam massa corpórea entre o 3º e 13º de acordo com a progressão da infecção. Houve também uma diminuição x significativa da parasitemia dos animais infectados e tratados com A.a nas doses de 10mg/Kg e 20mg/kg (32,12% e 27,70% respectivamente) inferior ao grupo PbA com 57,96 %. A hepatotectomia do fígado, deixou evidente a hepatomegalia nos grupos infectados e confirmou que as alterações encontradas foram mais expressas no grupo PbA, concluindo que a A.a quando administrada via intraperitoneal nas doses de 10 mg/Kg e 20 mg/Kg, possui efeito protetor na sobrevivência e parasitemia de camundongos infectados com a cepa ANKA em modelo de Malária Experimental. |