Caracterização neurofarmacológica da lectina de sementes de Dioclea altissima (DAL) em modelos neurocomportamentais em camundongos e zebrafish

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Araújo, João Ronielly Campêlo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=97013
Resumo: <div>Lectinas vegetais têm apresentado efeitos neuroprotetores em distúrbios mentais. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos neurocomportamentais da DAL, lectina D-glucose/D-manose ligante obtida de sementes de Dioclea altissima em camundongos e zebrafish. Zebrafish adultos (n = 6/grupo) foram tratados (i.p.) com DAL (0,025; 0,05 ou 0,1 mg/mL), veículo (NaCl 0,9 % 10 mL/kg) ou diazepam (1 mg/mL) e submetidos aos testes de campo aberto, novo tanque e claro/escuro. Camundongos adultos (n = 6/grupo) foram tratados (i.p.) com DAL (0,25; 0,5 ou 1 mg/kg), veículo (NaCl 0,9 % 10 mL/kg) ou diazepam (1 mg/kg) e submetidos aos testes de campo aberto, barra giratória, suspensão pela cauda, nado forçado, esconder as esferas, placa perfurada e labirinto em cruz elevado. Também foi investigado a influência dos sistemas noradrenérgico, GABAérgico, serotoninérgico e nitrérgico nos efeitos da DAL, e se os efeitos eram dependentes da integridade estrutural e domínio lectínico. O efeito do tratamento crônico da DAL e o estresse neuro-oxidativo também foram verificados em camundongos machos e fêmeas. Os resultados demonstraram que a DAL (0,025; 0,05 e/ou 0,1 mg/mL) diminuiu a atividade locomotora do zebrafish no campo aberto, aumentou o tempo de permanência na região superior do aquário no novo tanque e o tempo de permanência na região clara do aquário no claro/escuro. Em camundongos, DAL não alterou a locomoção motora e nem o comportamento dos animais no nado forçado. DAL (0,25; 0,5 e/ou 1 mg/kg) aumentou o comportamento de autolimpeza e exploração vertical no campo aberto, o número de head dips na placa perfurada, o comportamento de pedalling no suspensão pela cauda, o número de entradas e o tempo de permanência nos braços abertos do labirinto em cruz elevado; e diminuiu o número de esferas escondidas no teste de esconder as esferas, apresentando efeito ansiolítico. DAL desnaturada e DAL com domínio lectínico bloqueado não apresentaram efeitos. O efeito ansiolítico-símile da DAL permaneceu o mesmo após tratamento crônico e diminuiu os níveis de peroxidação lipídica e/ou nitrito no córtex pré-frontal, hipocampo ou corpo estriado dos camundongos machos e fêmeas. DAL possui efeito ansiolítico-símile e neuroprotetor mediado pelos sistemas GABAérgico, serotoninérgico, nitrérgico e neuro-oxidativo. Tais efeitos dependem da integridade estrutural proteica e do domínio lectínico. Este trabalho contribuiu para o conhecimento do potencial neurofarmacológico de lectinas vegetais, moléculas promissoras para o desenvolvimento de novos tratamentos para ansiedade.</div><div><br/></div><div>Palavras-chave: Lectinas; Ansiedade; Depressão; Neurofarmacologia; Estresse Oxidativo.<br/> </div>