Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
SAMPAIO, Irene Cibelle Gonçalves
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Orientador(a): |
MOURA, José Mauro Sousa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento
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Departamento: |
Instituto de Biodiversidades e Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/59
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Resumo: |
O carbono e o nitrogênio são fundamentais para estrutura e fisiologia dos organismos vivos. Têm papel fundamental na conexão entre ecossistemas terrestres e aquáticos, no balanço do carbono e na regulação do clima global. Para investigar variações sazonais e interanuais de carbono e nitrogênio dissolvidos, e a relação de causa-efeito de elementos químicos dissolvidos no Rio Amazonas, foram realizadas coletas mensais de água superficial (filtrada a 45μm), no Estreito de Óbidos, de janeiro de 2012 a maio de 2017. Foram quantificados o carbono orgânico dissolvido (COD), o nitrogênio orgânico dissolvido (NOD), o nitrato (NO3-), o amônio (NH4+), o carbono inorgânico dissolvidos (CID), a alcalinidade e o pH. O COD foi analisado pelo Shimadzu TOC-V®, e NO3- e NH4+ por colorimetria no Astoria 2 ®. O NOD foi obtido pela subtração do nitrogênio inorgânico total (detectado pela quimioluminescência). O CID foi analisado no Apollo SciTEch,Modelo AS-C3 por via de acidificação. A alcalinidade pela titulação Gran (Appolo SciTech, Modelo AS-ALK2) e pH por sensor de eletrodos (Thermo Scientific). A vazão do rio foi obtida por meio da estação fluviométrica da Agência Nacional de Águas. O transporte dos constituintes foi estimado no programa LoadRunner e as espécies químicas do CID, bem como o pCO2, no programa CO2SYS. Na fase de cheia, o COD e o NOD aumentaram significativamente seu transporte (0,096 e 0,004 Tg dia-1, respectivamente), em comparação com a fase de seca (0,036 e 0,001 Tg dia-1, respectivamente). O NO3- não teve seu transporte modificado sazonalmente (0,003 Tg dia-1). O transporte médio de NH4+ foi de 0,0003 Tg dia-1 e diferenças sazonais não foram consideradas. Para o transportes de CID, C_HCO3- e C_CO2*, a fase de enchente (0,09, 0,06 e 0,03 TgC dia-1, respectivamente ) não foi diferente do transporte na fase de cheia (0,13, 0,07 e 0,05 TgC dia-1, respectivamente), e em ambas as fases o transporte foi maior do que na fase de seca (0,04, 0,03 e 0,01 TgC dia-1 , respectivamente). O transporte de C_CO2* não apresentou diferença estatisticamente significativa entre a fase de enchente, cheia e vazante (0,04 TgC dia-1). Na análise de correlação de Spearman, o COD não apresentou correlação estatisticamente significativa com a alcalinidade total, com o pH, com o CO2.ou com o pCO2. O COD apresentou correlação estatisticamente significativa com a vazão do rio, mas o CID não apresentou correlação com a vazão. Os resultados deste trabalho são numericamente semelhantes a outras estimativas realizadas anteriormente para o Rio Amazonas. Isso mostra que as mudanças na cobertura do solo nas últimas décadas parecem não ter surtido efeito significativo no transporte de carbono e de nitrogênio. Fenômenos climáticos, como El Niño e La Niña, também não influenciaram o transporte de carbono orgânico e nitrogênio dissolvidos no rio durante o presente estudo. No entanto, somente observações frequentes e de longo prazo serão capazes de avaliar conclusivamente o efeito de fenômenos climáticos extremos sobre a dinâmica do carbono e nitrogênio dissolvidos no rio. |