Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
AMORIM, Fabrício Ferreira
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Orientador(a): |
SUAREZ, Miguel Aparício
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Sociedade
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País: |
BRASIL
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/685
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Resumo: |
O isolamento dos povos indígenas é um tema amplamente debatido nas políticas de Estado, na sociedade civil, na academia e na mídia. Nas aldeias e assembleias indígenas, o debate sobre os “parentes” “isolados” também ocorre e, muitas vezes, o assunto é tratado de forma acalorada, pois, geralmente, vincula-se às discussões sobre os territórios indígenas (e sua proteção). As formas dos indígenas se relacionarem com seus territórios (as territorialidades), nesse sentido, articulam-se e são influenciadas pela maneira, pacífica ou não, como interagem com outros coletivos indígenas ou com os não indígenas – Estado e populações do entorno – que pressionam seus territórios. Com base em diferentes experiências etnográficas, proporcionadas por percursos indigenistas como servidor da Funai na região amazônica entre 2006 e 2018 – do Acre ao Maranhão –, registrados em diários de campo, entrelaçadas a relatos indígenas e indigenistas disponíveis em bibliografia e documentação, é possível constatar que o “isolamento” – em suas formas diversas – pode ser sinônimo de “contato” e que a mobilização desses conceitos não ocorre apenas em relação aos coletivos ameríndios assim categorizados pelo Estado, mas a todos os povos indígenas. A compreensão profunda do que significa “isolamento” ou “contato” pode revelar, como uma lupa, algumas partículas que constituem o persistente processo genocida e etnocida sobre os povos indígenas. Se assim for, a contínua e conhecida resiliência indígena (o “isolamento”?) ocorreria a partir – e seria a comprovação, portanto – do persistente complexo genocida e etnocida. |