Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
AQUINO, Victor Hugo Rabelo de
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Orientador(a): |
NUNES, Kariane Mendes
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biociências
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Departamento: |
Instituto de Biodiversidades e Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/484
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Resumo: |
A copaíba é uma planta amplamente utilizada na medicina popular amazônica. Estudos têm evidenciado diversas atividades biológicas principalmente a antimicrobiana. Entretanto, ainda se faz necessário comprovações científicas acerca do seu uso em produtos fitoterápicos. Desta forma, o trabalho teve como objetivo desenvolver um gel vaginal fitoterápico do tipo líquido cristalino baseado em manteiga extraída da espécie oleaginosa Astrocaryum murumuru Mart contendo óleo resina Copaifera reticulata Ducke, para o tratamento de vaginose bacteriana. O óloerresina de copaíba (ORCR) foi coletado na Floresta Nacional do Tapajós (FLONA) e sua constituição química foi analisada por Cromatografia Gasosa Acoplada a Espectrometria de Massas (CG-EM). Foi realizado a atividade antibacteriana do ORCR pela a técnica de difusão em disco e a concentração mínima inibitória (CMI) por microdiluição frente a cepas relacionadas a vaginose. Foram obtidas cinco formulações com quantidade fixa do tensoativo, e diferentes proporções de água, manteiga de murumuru e ORCR (50, 100, 250 e 500mg/g). Após 24 horas do preparo, todas as formulações foram submetidas a microscopia de luz polarizada a fim de caracterizar a fase líquido-cristalina. A atividade antimicrobiana das formulações foi avaliada pelo teste de perfuração em ágar. Posteriormente, foi realizado o estudo de estabilidade acelerada em diferentes condições de armazenamento (25 e 45ºC ±2ºC), no qual foi avaliado sua influência frente à atividade antimicrobiana e sobre suas propriedades óticas. Na composição química do ORCR foram determinados os seguintes majoritários, o β Cariofileno 32,43%, β-Bisaboleno 11,28% e α-Humuleno 8,41%. No teste de difusão em disco as cepas de Gardnerella vaginalis e Staphylococcus Epidermitidis foram as mais sensíveis frente ao ORCR, apresentando uma CMI de 500 µg/mL, com atividade bacteriostática. Após 24h do preparo, apenas as formulações contendo 100 mg/g e 50 mg/g de ORCR apresentaram texturas em forma de estrias, característico de estrutura líquido-cristalina de fase hexagonal. As formulações contendo 50 mg/g e 100 mg/g de ORCR apresentaram atividade antimicrobiana frente a todas as cepas testadas, quanto maior a concentração de ORCR nas formulações, maiores foram os halos de inibição. Durante os 60 dias do estudo de estabilidade acelerada em diferentes condições de armazenamento não foi observado alterações significativas nas características físicas e organolépticas das formulações, além disso, não houve desestruturação da fase hexagonal. Entretanto, as formulações armazenadas a 45ºC ±2ºC apresentaram diminuição da atividade antimicrobiana a partir do 30° dia. Portanto, todos os resultados advogam a favor da formulação com 5% de água e 55% de manteiga deMurumuru, contendo 100mg/g de ORCR como potencial candidata ao emprego clínico como um gel fitoterápico tópico do tipo líquido-cristalino para o tratamento de vaginose. |