Resumo: |
A presente dissertação tem como objetivo principal analisar as abordagens do desenvolvimento sob o ponto de vista econômico, social e ambiental na Região de Integração do Baixo Amazonas (RIBA), verificando desta maneira, o comportamento de tais vertentes por meio da análise de regressão, e assim buscando revelar se o desenvolvimento tem sido includente, sustentado e sustentável. O primeiro ensaio situa-se na discussão sobre a perspectiva includente, de modo a verificar a qualidade do crescimento econômico, ou seja, se esse tem colaborado para incluir o segmento da população mais necessitado, subjacente a análise de Crescimento pró-pobre e uma caracterização socioeconômica a partir das proxies dos indicadores de renda, pobreza e desigualdade. O segundo ensaio discute o desenvolvimento como uma medida ampliada, considerando as dimensões que compõem o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), como o padrão de vida digno, a longevidade e o acesso ao conhecimento, com intuito de diagnosticar a dimensão que menos impactou para a formação do valor geral do IDHM, assim como, verificar a evolução e comportamento daqueles índices e suas respectivas dimensões na RIBA, enfatizando para o direcionamento de políticas públicas nas dimensões que menos tenham contribuído na composição do índice. E por fim, o terceiro ensaio constrói um debate acerca do desenvolvimento sustentável pautado na discussão sobre a relação entre crescimento econômico e degradação ambiental por meio da análise empírica, partindo da Curva de Kuznets Tradicional (CKT) e, seguindo para a Curva de Kuznets Ambiental (CKA) sob a forma funcional polinomial, verificando se o crescimento econômico gera algum tipo de proteção automática ao meio ambiente, e assim, contribui para um ambiente sustentável. Os resultados obtidos nos três ensaios revelaram, primeiramente, que o desenvolvimento na Região de Integração do Baixo Amazonas (RIBA) foi considerado não pró-pobre. No segundo, apesar dos efeitos positivos na composição do IDHM, das dimensões renda, educação e saúde, percebeu-se que a dimensão educação foi a que menos contribuiu para a formação do valor total do IDHM, ou seja, sendo assim a que menos impactou na composição geral daquele índice, na RIBA. Por fim, no terceiro ensaio, a análise empírica evidenciou um formato de “N invertido” para a hipótese da CKT – a relação crescimento e desigualdade de renda, contudo não despontou evidências que corroborem com a CKA para a RIBA, ou seja, de forma geral não se pôde afirmar que o crescimento econômico teve algum efeito sobre o meio ambiente – desmatamento, no período analisado. |
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