Síndrome de Burnout e perfil nutricional de docentes da Universidade Federal do Oeste do Pará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: BAIMA, Marcello de Lima lattes
Orientador(a): MORAES, Waldiney Pires lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Instituto de Biodiversidades e Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/719
Resumo: A síndrome de Burnout é um processo de estresse crônico, iniciado com níveis de tensão e pressão no trabalho por períodos prolongados. O docente do ensino superior público é submetido a diversos estressores que podem vir a causar a síndrome, como: o ingresso através de concurso; as avaliações periódicas e necessidade de capacitações para progressões profissionais; carga horária excessiva; atuação no ensino, pesquisa e extensão; lidar com alunos inexperientes, recém-saídos de estrutura educacional completamente diferente. O estresse crônico provoca alterações sistêmicas que alteram a homeostase corporal, entre elas a regulação da ingestão alimentar, que pode ocasionar alterações no estado nutricional do indivíduo. O estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar e analisar a Síndrome de Burnout; traçar o perfil nutricional; correlacionar Síndrome de Burnout a o estado nutricional dos docentes da Universidade Federal do Oeste do Pará. Dessa forma, foi realizado estudo transversal, não aleatório, com docentes que ingressaram na instituição desde a criação até dezembro de 2017. Para a identificação da Síndrome de Burnout foi utilizado o “Cuestionario para la Evaluación del Síndrome de Quemarse por el Trabajo”, para docentes, adaptado e validado para o português. O instrumental é dividido em quatro dimensões: ilusão pelo trabalho, desgaste psíquico, indolência e culpa, onde baixa pontuação em ilusão pelo trabalho e/ou altas pontuações em desgaste psíquico, indolência e culpa são indicativos de Síndrome de Burnout. Para a determinação do estado nutricional foi realizada avaliação antropométrica e exame de bioimpedância elétrica, foram utilizados como parâmetros o Índice de Massa Corporal, Percentual de Gordura e Área de Gordura Visceral. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. Participaram da pesquisa 44 docentes, sendo 29 (65,9%) do sexo feminino e 14 (34,1%) do masculino, com média de idade 41,0 (± 8,33). Verificou-se que 33 (75%) docentes apresentaram pontuações indicativas de burnout em ao menos uma dimensão do instrumento utilizado, sendo o desgaste psíquico em maior frequência, 65,9% da amostra. Quanto ao estado nutricional, verificou-se 51,4% apresentaram obesidade e sobrepeso quanto ao IMC; 77,8% tinham percentual de gordura corporal acima dos valores de referência e 47,2% tinham área de gordura visceral acima de 100 cm². Verificou-se na amostra a alta ocorrência de Síndrome de Burnout entre os participantes, porém classificada como de baixa intensidade, esse resultado pode ser explicado pelo fato que muitos deles encontram-se em sua primeira e ainda pouca experiência docente. Em relação ao estado nutricional, observou-se que mais da metade dos docentes apresentam inadequação quanto ao IMC e percentual de gordura corporal, associados ao excesso de peso e percentual de gordura corporal elevado. Não houve correlação estatística entre Síndrome de Burnout e alteração de estado nutricional.